sábado, 16 de março de 2013

O mistério do planeta vermelho


Autor: Euripedes Alcântara
Fonte: Revista Veja on-line – <http://www2.uol.com.br/veja/idade/em_dia/marte_capa.html> 
Mensagem principal: A possibilidade de vida fora da Terra após estudos em um meteorito proveniente de Marte contendo traços de atividade bacteriana.

RESUMO

A Nasa anunciou que descobriu evidências de vida em Marte após analisar um meteorito encontrado na Antártida em 1984. O meteorito continha amostras da atmosfera e traços de atividade bacteriana que teriam existido em Marte a bilhões de anos e por se encontrar no interior da rocha esta descartada a contaminação por organismos terrestres.
O meteorito foi batizado de ALH84001, a sigla o identifica como tendo sido o primeiro a ser encontrado na região de Allan Hills, na Antártida, no ano de 1984. A comprovação de que o meteorito provinha de Marte se deu ao comparar a atmosfera de Marte obtida pela sonda Viking com amostras de gases contidas em bolhas no interior do meteorito e análise da composição química da rocha que comprovou que era proveniente de Marte.
Com as pesquisas da Nasa surgiram novas teorias sobre o surgimento da vida, segundo Mônica Grady, especialista do Museu de História Natural, a vida teria surgido sem a presença de oxigênio ou luz do Sol em fontes hidrotermais ricas em compostos sulfúrico aquecida por vulcões, substituindo dessa forma a teoria da sopa primordial de aminoácidos bombardeada por raios, assim os planetas considerados inóspitos poderiam exibir alguma forma de vida. "Apenas os traços de material orgânico são insuficientes para levantar a hipótese de vida extraterrestre. Já se sabe que tais traços costumam aparecer nas rochas trazidas da Antártida e que permanecem muitos anos nas prateleiras dos laboratórios", diz Ian Franchi, pesquisador da Open University, de Londres. O meteorito ALH84001 ficou doze anos numa prateleira antes de ser estudado pela equipe da Nasa. "Sei que temos de provar a existência de paredes celulares no meteorito e essa é justamente a próxima etapa do nosso experimento", reconheceu David McKay na sexta-feira.
O artigo divulgado sobre o meteorito mais parece um golpe de publicidade para angariar recursos do que um achado científico a começar pelo título: "Em busca de vida primitiva em Marte: possíveis relíquias de atividade biogênica no meteorito marciano ALH84001".
Certezas e dúvidas: O que os cientistas já têm comprovado sobre o meteorito e o que ainda falta esclarecer. Certeza absoluta de que a rocha é proveniente de Marte. Quando foi achada na Antártida, ela continha encapsuladas amostras da atmosfera marciana que conferem perfeitamente com as medições feitas em Marte em 1970 pela sonda americana Viking. Quase certeza de que as marcas são de bactérias. Áreas do meteorito estão cobertas por glóbulos de carbonato que podem ou não ter origem biológica. Aparecem no microscópio eletrônico num padrão mais compatível com a vida bacteriana.
Dúvida com relação a origem das bactérias. A Nasa diz que rachaduras produzidas há milhões de anos separam ao meio os sinais de vida bacteriana. Ou seja, eles seriam anteriores à queda na Terra. Muitos acham a prova inconsistente. Dúvida total com relação a existência de bactérias fossilizadas na rocha. A Nasa acha que há mais do que sinais do metabolismo bacteriano. Certas texturas seriam as próprias bactérias marcianas fossilizadas. Cientistas independentes não acreditam nisso.

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