O Brasil é o país da biodiversidade. A característica principal de nossas florestas é o altíssimo número de espécies de fauna e flora que, ao longo dos séculos vem fascinando naturalistas, pesquisadores e, mais recentemente também os ecoturistas. A Mata Atlântica não foge à regra. Não é uma, são muitas florestas que compõe um grande mosaico florestal. A essas diferentes matas associam-se outros ecossistemas, criando uma cadeia de vida com muitas e diferentes interações, o Domínio Mata Atlântica.
No mapa abaixo você pode ver a distribuição dos vários ecossistemas (fitofisionomias) que compõem o Bioma Mata Atlântica.
www.rbma.org.br/anuario/mata_02_eco__ssistema.asp
Floresta Ombrófila Densa - mata perenifólia (sempre verde), com dossel ("teto" da floresta) de até 15m, com árvores emergentes de até 40m de altura. Densa vegetação arbustiva, composta por samambaias arborescentes, bromélias e palmeiras. As trepadeiras e epífitas (bromélias, orquídeas) cactos, samambaias, etc, também são muito abundantes. Nas áreas mais úmidas, às vezes temporariamente encharcadas, antes da degradação pelo homem, ocorriam figueiras, jerivás (palmeira) e palmitos (Euterpe edulis).
Floresta Ombrófila Aberta - é considerada um tipo de transição da floresta ombrófila densa, ocorrendo em ambientes com características climáticas mais secas.
Floresta Ombrófila Mista - conhecida como mata de araucária, pois o Pinheiro do Paraná (Araucaria anguistifolia) constitui o andar superior da floresta, com subosque bastante denso. Antes da interferência antrópica esta formação ocorria nas regiões de clima subtropical, principalmente nos planaltos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e em maciços descontínuos, nas partes mais elevadas de São Paulo, Rio de Janeiro e Sul de Minas Gerais (Serras de Paranapiacaba, da Mantiqueira e da Bocaina).
Floresta Estacional (Decidual e Semidecidual) - mata com árvores de 25 e 30m, com a presença de espécies decíduas (derrubam folhas durante o inverno mais frio e seco), com considerável ocorrência de epífitas e samambaias nos locais mais úmidos, e grande quantidade de cipós (trepadeiras). Ocorriam antes da degradação pelo homem, a leste das florestas ombrófilas da encosta atlântica, entrando pelo Planalto Brasileiro até as margens do rio Paraná. O Parque Estadual do Morro do Diabo protege este tipo de floresta.
Manguezais - formação que ocorre ao longo dos estuários, em função da água salobra produzida pelo encontro da água doce dos rios com a do mar. É uma vegetação muito característica, pois o manguezal tem apenas sete espécies de árvores - menos de 1% das registradas na mata atlântica -, mas abriga uma diversidade de microalgas pelo menos dez vezes maior. Essa floresta invisível, revelam pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), é capaz de ocupar, com cerca de 200 mil representantes, um único centímetro quadrado de raiz de mangue.
Restinga - ocupa grandes extensões do litoral, sobre dunas e planícies costeiras. Inicia-se junto a praia, com gramíneas e vegetação rasteira, e torna-se gradativamente mais variada e desenvolvida à medida que avança para o interior, podendo também apresentar brejos com densa vegetação aquática. Abriga muitos cactos, orquídeas e bromélias. Esta formação encontra-se hoje muito devastada pela urbanização.
Brejos de Altitude - São áreas de clima diferenciado no interior do semi-árido, também conhecidas regionalmente como "serras úmidas", por ocuparem primitivamente a maior parte dos tabuleiros e das encostas orientais do nordeste.
Campos - Ocorrem em elevações superiores a 180 metros e em linhas de cumeadas localizadas. A vegetação característica é formada por comunidades de gramíneas, em certos lugares interrompidas por pequenas charnecas. Freqüentemente nas maiores altitudes ocorrem topos planos ou picos rochosos.
No Brasil a Mata Atlântica ocorre em 17 estados e em cerca de 3400 municípios. Três estados (RJ, ES, SC) estão integralmente incluídos no Domínio da Mata Atlântica.
<www.rbma.org.br/anuario/mata_02_estados.asp>
Fonte: www.rbma.org.br. Acesso em 01/04/2013
www.portalsaofrancisco.com.br. Acesso em 01/04/2013
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