sábado, 8 de fevereiro de 2014

COPA DO MUNDO NO BRASIL 2014

A Copa do Mundo de 2014 já tem seus 32 participantes definidos. O Mundial do Brasil, quinto torneio realizado na América do Sul, terá a participação recorde de seis equipes sul-americanas. E ninguém jamais viu tantos campeões mundiais em uma única edição: Brasil, Argentina, Uruguai, Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Espanha.

América do Sul

4 VAGAS DIRETAS: Classificam-se para a Copa os quatro primeiros do grupo único sul-americano: ARGENTINA, COLÔMBIA, CHILE e EQUADOR.
1 REPESCAGEM O quinto colocado disputa a repescagem mundial: URUGUAI.

Europa

13 VAGAS DIRETAS: As nove primeiras vagas européias ficam com os primeiros colocados de cada um dos nove grupos: BÉLGICA, ITÁLIA, ALEMANHA, HOLANDA, SUÍÇA, RÚSSIA, BÓSNIA-HEZERGOVINA, INGLATERRA, ESPANHA, PORTUGAL, FRANÇA, CROÁCIA e GRÉCIA.
 As quatro últimas vagas da Europa saem de confrontos diretos de ida e volta definidos por sorteio entre os oito melhores segundos colocados dos grupos.

América do Norte e Central

3 VAGAS DIRETAS: Classificam-se para a Copa os três primeiros do grupo único quarta e última fase: ESTADOS UNIDOS, COSTA RICA e HONDURAS.
1 REPESCAGEM: O quarto colocado disputa a repescagem mundial: MÉXICO.

África

5 VAGAS DIRETAS: As cinco vagas africanas são definidas em confrontos diretos de ida e volta entre os melhores colocados dos dez grupos da primeira fase: CAMARÕES, NIGÉRIA, GANA, COSTA DO MARFIM e ARGÉLIA.

Ásia 

4 VAGAS DIRETAS: Classificam-se para a Copa os dois primeiros de cada grupo da fase final asiática: IRÃ, CORÉIA DO SUL, JAPÃO e AUSTRÁLIA.
1 REPESCAGEM Os dois terceiros disputam vaga na Repescagem Mundial.

Repescagem Mundial

2 VAGAS: Dois confrontos diretos entre seleções de quatro continentes definem duas vagas para a Copa: MÉXICO e URUGUAI.

País-sede

VAGA GARANTIDA: O BRASIL, país-sede, é o único garantido sem precisar disputar Eliminatórias.

Disponível em: copadomundo.uol.com.br. Acesso em 08/02/2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Verão registra recorde em médias de altas temperaturas em Santa Catarina

Calor continua nos próximos dias enquanto Estado vive terceira onda de calor entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014

Por Cristian Weiss

O verão 2014 já é o mais quente em pelo menos duas décadas em boa parte de Santa Catarina. E pior: não tem data para acabar. As sequenciais ondas de calor devem permanecer pelo Estado até meados de fevereiro, preveem os meteorologistas. Desde o início do verão, SC enfrentou a terceira onda prolongada de calor, provocada por um sistema de bloqueio no Oceano Pacífico, que desvia para o Atlântico as frentes frias e mantém o tempo seco e quente no Sul do país. Se as temperaturas permanecerem altas por mais algumas semanas, impactos no nível das bacias, na agricultura, no abastecimento de água e de energia elétrica serão percebidos em SC. A Defesa Civil mantém o alerta para o índice extremo de raios ultravioleta e recomenda precaução ao se expor ao sol.


Chuva não ameniza altas temperaturas

Dados históricos das sete estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em SC mostram que entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano foi registrada a maior média de temperaturas máximas desde 1992 na Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Serra. Nas demais regiões, é a média mais expressiva de três a cinco anos. Ondas de calor são comuns no verão e costumam durar cerca de cinco dias. Mas, por exemplo, chegou a permanecer pelo dobro do tempo, na virada do ano, explica a meteorologista do Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia (Ciram), Gilsânia Cruz. Nem a chuva de verão é o bastante para derrubar as temperaturas. Projeções apontam a chegada de uma frente fria no dia 7, mas não deve afastar o calorão de vez, pois a primeira quinzena de fevereiro deve ter pouca chuva. Nas regiões da Capital, São João Batista, Alfredo Wagner e Orleans, no Sul, o estado já é de alerta devido à má distribuição das chuvas em janeiro. O curioso é que em quase todas as regiões já choveu próximo à média histórica do mês. Em Major Vieira, no Meio-Oeste, choveu quase o dobro do esperado. O problema é que choveu mais na primeira quinzena e depois ocorreu de forma isolada, aponta o coordenador de Meteorologia do Ciram, Clóvis Corrêa. As safras de milho e soja, cujos índices foram bons no início dos dois últimos anos, podem sofrer baixas se o nível dos mananciais cair. Na Grande Florianópolis, o calorão derrubou em 20% a produção do tomate nos municípios de Rancho Queimado, Anitápolis, Angelina e Leoberto Leal. Nas últimas três semanas, as lavouras de morango perderam 100% da florada, que geralmente dá a cada 15 dias. O tempo seco e a alta exposição ao sol provoca a queima dos frutos. Gerente regional da Epagri, José Orlando Borguezan aponta para a queda de 10% na produção do leite em janeiro. — Se não chover até a próxima semana haverá risco para a agricultura do Estado — alerta o gerente do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa), Ilmar Borchardt.

Disponível em: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc. Acesso em 01/02/2014

De moradores a engenheiros, todos querem ver de perto a megaestrutura em construção no Sul de SC

Cerca de 1,6 mil homens trabalham para edificar os mais de 2,8 quilômetros de extensão em formato estaiado, uma das mais belas estruturas de engenharia que existem no mundo.

Por Sâmia Frantz

Embora fosse sempre uma festa, a jovem Otília tremia de medo ao atravessar a pé a Ponte Tereza Cristina em Laguna. Corria o início dos anos 1930 e a ponte era a única ligação entre as duas metades da cidade, cortada ao meio pelo Canal das Laranjeiras. Feita de ferro, estreita, instável, já à época era quase uma senhora – havia sido inaugurada 50 anos antes, em 1882, após ser trazida pelo mar direto da Inglaterra. Mas então, uma nova ponte, mais moderna, começou a surgir ali ao lado – primeiro uma ferrovia, que, depois, viria a se transformar na Ponte Henrique Lage, em uso até hoje. Conforme a obra crescia, crescia também a paixão de Otília por um dos operários, um homem oito anos mais velho que havia deixado a família em Paulo Lopes para trabalhar na construção daquele novo monumento. Oito décadas mais tarde, a ponte centenária que um dia assustou, agora já provoca temor. Ela continua lá, enferrujando e evocando lembranças boas, bem de frente para o pátio da casa onde Otília mora com a filha do meio, Terezinha, no alto do morro da Ponta das Laranjeiras. Aos 93 anos, ela já não escuta como antes, vê o mundo embaçado e não tem mais a companhia do marido, o antigo operário Antônio Teófilo da Silveira – morto há 44 anos. A nova ponte, construída por ele, também já deixou de ser novidade.




Modernidade desponta ao lado da estrutura histórica

Ali, da janela de casa, Otília viu os anos engolirem a modernidade que a ponte já esbanjou um dia. E, no lugar de solucionar, virou um dos principais gargalos da BR-101 no Estado. Mas, como há 80 anos, a cena volta a se repetir nas águas do Canal das Laranjeiras. Ao lado das duas pontes, os pilares de uma nova megaestrutura surgem a passos rápidos, erguendo a futura Ponte Anita Garibaldi. Às vezes, Otília senta com Terezinha na varanda e, juntas, as duas assistem ao vaivém das balsas que dura o dia inteiro. É como se uma centena de anos passasse em um segundo: a moderna ponte desponta colossal a poucos metros de uma estrutura centenária e histórica, tombada pelo município. Lá dentro, um exército de 1,6 mil homens trabalha para edificar os mais de 2,8 quilômetros de extensão em formato estaiado, uma das mais belas estruturas de engenharia que existem hoje no mundo. Depois de concluída, será a segunda maior do gênero no Brasil. A obra chama tanto a atenção, que os empreiteiros responsáveis decidiram abrir os portões do canteiro de obras uma vez por mês para receber uma multidão de visitantes curiosos. As quase 50 vagas disponíveis a cada mês já estão esgotadas até outubro e a fila de espera não para de crescer. Há quem fale em “momento histórico” e compare a estrutura a “uma nova Hercílio Luz” no futuro. — Existem pontes impressionantes pelo mundo, mas é como se elas sempre estivessem lá. Nenhuma me instigou tanto quanto esta, que vi nascendo. É maravilhoso ver o que o homem é capaz de fazer — comenta o engenheiro colombiano Robinson Dueñas, 24 anos, que esteve na obra pela primeira vez na última semana.

Canteiro de obras repleto de lições

Uma vez por mês, 50 pessoas se misturam aos quase 1,6 mil funcionários que trabalham dia e noite para erguer a maior ponte de Santa Catarina. São engenheiros, arquitetos, estudantes e curiosos de toda a parte que querem conhecer de perto o que há de tão particular na construção: quem, afinal, não se sente atraído pelo nascimento de um novo cartão-postal? O canteiro de obras, porém, não abre as portas só para os curiosos. Na semana passada, 26 trainees, contratados pela empreiteira líder do Consórcio Ponte de Laguna, a Camargo Corrêa, enfrentaram cinco dias de aula prática no local. De todos trabalhos da empresa no mundo, a Ponte Anita Garibaldi foi a escolhida para fazê-los entender e conhecer a rotina de uma obra que nunca para. Nenhum deles trabalhará nesse projeto, mas só lá poderão adquirir lições que não receberiam em outros lugares. — É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo: como se perfura uma estaca no fundo da lagoa, como fazer para edificá-la, como montar estruturas que pesam 500 toneladas e levá-las para ficarem suspensas em alto-mar. Isso tudo é muito atrativo, com impacto muito grande e cria muita expectativa — admite Robinson, que se prepara para assumir a produção da hidrelétrica de Ituango, a maior da Colômbia. Separados em três grupos de trabalho, eles visitaram desde o canteiro de obras em terra, onde o processo começa, até os trabalhos em mar. De uma outra frente, quatro jovens acompanharam o planejamento executivo. São engenheiros que ficarão responsáveis por organizar cada etapa de uma construção, desde o tempo necessário, até o tipo de equipamento a ser usado.

Disponível em: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc. Acesso em 01/02/2014