Imaginemos todos os muros bem
altos separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por
onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres
humanos, que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada,
acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da
caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm
acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de
fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras,
pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que
essas sombras sejam a realidade. Imagine que um dos prisioneiros seja libertado
e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale,
enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna,
descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais
além todo o mundo e a natureza. Caso ele decida voltar à caverna para revelar
aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se
encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser
ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomarão por
louco e inventor de mentiras. (Platão. A República. Livro VII).
sábado, 8 de novembro de 2014
BRASIL: A ESQUERDA NO PODER
OS 12 ANOS DO GOVERNO DE ESQUERDA
SÃO POUCO SE LEVARMOS EM CONTA OS QUASE 5 SÉCULOS QUE A DIREITA ESTEVE NO
PODER, BASTA ANALISARMOS A HISTÓRIA DO BRASIL. A HISTÓRIA SERVE PARA OLHARMOS O
PASSADO, CONSTRUIRMOS O PRESENTE, SEM REPETIR OS ERROS DO PASSADO E PROJETARMOS
O FUTURO.
1500 – 1822 – BRASIL COLÔNIA (BENEFICIADOS: AMIGOS DO REI)
1822 – 1889 – BRASIL IMPÉRIO (BENEFICIADOS: AMIGOS DO REI)
1889 – 1930 – REPÚBLICA VELHA (BENEFICIADOS: ELITE)
1930 – 1945 – DITADURA VARGAS (PELO MENOS ERA TRABALHISTA, ESTATISTA
E NACIONALISTA) BENEFICIADO: O PAÍS
1945 – 1964 – DEMOCRATIZAÇÃO (POPULISMO) BENEFICIADO: A ELITE. COM EXCEÇÃO DO GOVERNO VARGAS QUE NESSE
PERÍODO FORTALECEU AINDA MAIS A INDÚSTRIA NACIONAL CRIANDO A PETROBRÁS. JÁ NO
GOVERNO DE JANGO O BENEFICIADO SERIA O POVO COM AS REFORMAS DE BASE SE NÃO
TIVESSEM ORQUESTRADO O GOLPE DE ESTADO.
1964 – 1985 – DITADURA CIVIL-MILITAR PRÓ-ESTADOS UNIDOS
(BENEFICIADO: ELITE E ESTADOS UNIDOS)
1985 - 1990 – REDEMOCRATIZAÇÃO (VOTAÇÃO INDIRETA) BENEFICIADO: A
ELITE
1990 – 1994 – GOVERNO PRÓ-ESTADOS UNIDOS (BENEFICIADO: A ELITE E O
CAPITAL INTERNACIONAL) ADOÇÃO DO NEOLIBERALISMO, POLÍTICA ECONÔMICA PERVERSA E DE
SUBMISSÃO AOS INTERESSES DOS EUA.
1995 – 2002 – GOVERNO PRÓ-ESTADOS UNIDOS (BENEFICIADO: A ELITE E O
CAPITAL INTERNACIONAL) APROFUNDAMENTO DA POLÍTICA NEOLIBERAL, DESMONTE DO
ESTADO (PRIVATIZAÇÃO), RISCO AOS DIREITOS SOCIAIS, SUBMISSÃO AOS INTERESSES DO
CAPITAL, PAPEL DE MERO COADJUVANTE NA POLÍTICA EXTERNA.
2003 – 2014 – GOVERNO POPULAR E DA JUSTIÇA SOCIAL (BENEFICIADO:
TODOS): POLÍTICAS SOCIAIS ABRANGENTES DE COMBATE A POBREZA E A DESIGUALDADE
SOCIAL, GARANTIA E AMPLIAÇÃO DE DIREITOS, POLÍTICA INDEPENDENTE, PROTAGONISMO
NO CENÁRIO MUNDIAL, FORTALECIMENTO DO MERCOSUL E DA UNASUL, POR UMA AMÉRICA DO
SUL FORTE E SOBERANA.
sábado, 25 de outubro de 2014
MONTE RORAIMA
O Monte Roraima é uma montanha
localizada na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e
Guiana. Constitui um tepui, um tipo de monte em formato de mesa bastante
característico do Planalto das Guianas. Delimitado por falésias de cerca de
1.000 metros de altura, seu platô apresenta um ambiente totalmente diferente da
floresta tropical e da savana que se estende a seus pés. Assim, o alto índice
pluviométrico promoveu a formação de pseudocarstes e de numerosas cavernas,
além do processo de lixiviação do solo. A flora adaptou-se a essas condições
climáticas e geológicas com um elevado grau de endemismo, onde encontram-se
diversas espécies de plantas carnívoras – que retiram dos insetos capturados os
nutrientes que faltam no solo. A fauna também é marcada por um acentuado
endemismo, especialmente entre répteis e anfíbios. Esse ambiente é protegido no
território venezuelano pelo Parque Nacional Canaima e no território brasileiro
pelo Parque Nacional do Monte Roraima. Seu ponto culminante eleva-se no extremo
sul, no estado venezuelano de Bolívar, a 2810 metros de altitude. O segundo
ponto mais alto, com 2772 metros, localiza-se ao norte do platô, em território
guianense, próximo ao marco de fronteira entre os três países.
O monte Roraima está localizado no
norte da América do Sul, na porção leste do Planalto das Guianas, mais
precisamente na Serra de Pacaraíma, na região do planalto coberto pela Gran
Sabana. Divide-se entre três países: Brasil a leste (5% de sua área), Guiana ao
norte (10%) e Venezuela ao sul e oeste (85%). Administrativamente, é parte do
estado brasileiro de Roraima (localizado na cidade de Uiramutã), da região de
guianense (conselho de vizinhança de Mazaruni/Lower Berbice Essequibo) e do
estado venezuelano de Bolívar (município de Gran Sabana). A parte venezuelana
do monte está inserida no Parque Nacional Canaima e a brasileira no Parque
Nacional do Monte Roraima. Outros tepuis ao redor do monte Roraima: tepui
Kukenán a oeste, tepui Yuruaní a noroeste e tepui Wei-Assipu a leste. Apesar de
estar localizado numa região remota da América do Sul, o acesso ao monte
Roraima é relativamente fácil pelo lado venezuelano. Isso ocorre pela
proximidade com uma rota internacional – composta pela Autopista 10 na
Venezuela e pela Rodovia BR-174 no Brasil – que liga a cidade venezuelana de
Carúpano, na costa do Caribe, à cidade brasileira de Cáceres, na divisa com a
Bolívia. Essa rota passa a oeste do monte Roraima, cruzando a Gran Sabana, e
serve muitas vilas e aldeias. Porém, tanto pelo lado brasileiro quanto pelo
lado guianense, a região é totalmente isolada e pouco povoada, acessível apenas
por vários dias de caminhada pela floresta ou por pequenas pistas de pouso
locais.
Fonte: pt.wikipedia.org. Acesso em 25/10/2014
sábado, 4 de outubro de 2014
Unidade Curricular - Curso de Especialização Interdisciplinar em Ciências Marinhas Aplicadas ao Ensino – Pós Graduação Lato Sensu - IFSC
01
Ambiente Aquático Marinho
Conhecimentos: Composição
e propriedades químicas e físicas da água do mar; Morfologia costeira e relevo oceânico;
Dinâmica dos oceanos e sua influência no clima e no comportamento das espécies marinhas;
Marés; Fundamentos de meteorologia; Boletins meteorológicos; Instrumentos meteorológicos;
Interpretação e utilização de cartas sinópticas; Metodologias de ensino
aplicadas à educação infantil, ensino fundamental e médio.
02
Náutica Básica
Conhecimentos: Conceitos
de náutica; Embarcações e seus componentes; Governo e Manobras; Fundeio e
Atracação; Coordenadas geográficas e Rumos; Sinalização náutica e portuária; Legislação
náutica; Instrumentos de comunicação, orientação e navegação; Metodologias de ensino
aplicadas à educação infantil, ensino fundamental e médio.
03
Pesca e Aquicultura
Conhecimentos: Tipos de
aquicultura; Ambientes de cultivo, Principais organismos cultivados, Características
do cultivo de moluscos, crustáceos e peixes, Produção mundial e nacional, Histórico
e Evolução da Pesca; Tipos de Embarcações, Petrechos e seus Procedimentos, Características
Regionais, Cadeia Produtiva, Aspectos socioambientais, Metodologias de ensino aplicadas
à educação infantil, ensino fundamental e médio.
04
Biologia Marinha
Conhecimentos:
Características dos ecossistemas aquáticos: Dulcícola, Estuarino, Marinho; Principais
ecossistemas marinhos; Ciclo biológico dos organismos aquáticos; Principais
divisões dos ambientes marinhos. Plâncton, nécton e bentos: principais
organismos, adaptações anatômicas e fisiológicas; Metodologias de ensino
aplicadas à educação infantil, ensino fundamental e médio.
05
Gerenciamento Costeiro
Conhecimentos:
Gerenciamento Costeiro: conceitos e princípios; Impacto Ambiental e Conservação
da Natureza; Principais Instrumentos do gerenciamento costeiro; Diagnóstico socioambiental;
Plano Nacional e Estadual de Gerenciamento Costeiro; Estudos de Caso e Práticas
Pedagógicas para a educação infantil, ensino fundamental e médio.
06
Educação Ambiental
Conhecimentos: Aspectos
históricos e princípios básicos da Educação Ambiental; Projetos e experiências
no contexto escolar; Metodologias e práticas no ensino; Educação ambiental como
prática pedagógica na educação infantil, ensino fundamental e médio.
07
Legislação Ambiental
Conhecimentos: Princípios
da legislação ambiental; Principais leis ambientais brasileiras; Principais
instrumentos e aspectos legais no ambiente costeiro; Administração de recursos
naturais; Prática docente e a legislação ambiental no contexto da educação
básica.
08
Metodologia Científica
Conhecimentos:
Introdução ao Conhecimento Científico; Método Científico; Hipóteses; Artigo científico;
Normas de Redação Científica; A pesquisa em sala de aula; A prática pedagógica como
objeto de reflexão.
09
A formação do Professor Pesquisador
Conhecimentos: A
pesquisa em sala de aula; A prática pedagógica como objeto de investigação;
Estudo de saberes e perspectivas conceituais e empíricas que fundamentam
práticas educativas investigativas; A importância e a necessidade da pesquisa
na/para a prática docente; Processo da formação da prática do professor:
racionalidade técnica e a epistemologia da prática. A reflexão, a pesquisa e o
ensino problematizados e (re)construídos pela práxis docente investigativa; Concepções
do professor-pesquisador, do professor reflexivo, do olhar investigativo e da dinâmica
da ação-reflexão-ação, explicitando os referenciais teóricos que subsidiam os
novosparadigmas que tratam da pesquisa na formação e na prática docente;
10
Estatística Básica
Conhecimentos: Estatística
(Definição e a importância da estatística no campo educacional; O método
estatístico; Fases do método estatístico); População e Amostra (População;
Amostra; Amostragem; Variável discreta e variável contínua); Séries
Estatísticas (Tabelas, Séries Estatísticas; Porcentagem; Dados absolutos e
dados relativos); Gráficos Estatísticos (Gráficos Estatísticos, Diagramas; Cartogramas
e pictogramas); Distribuição de Frequência (Elementos de uma distribuição de frequência,
Tipos de distribuição de frequência; Distribuição de frequência sem intervalos
de classe; Distribuição de frequência com intervalos de classe, Histograma e
polígono de frequência); Medidas de Posição (Média: aritmética e ponderada;
Moda; Mediana); Medidas de Dispersão (Amplitude Total, Desvio Médio, Variância,
Desvio padrão.
11
Laboratório Interdisciplinar na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio
Conhecimentos: A prática
interdisciplinar; o tema transversal meio ambiente; o ambiente marinho e a
prática interdisciplinar, Metodologias de ensino aplicadas à educação infantil,
ensino fundamental e médio.
12
Trabalho de conclusão de curso
O trabalho de conclusão
de curso é um trabalho individual e obrigatório para a obtenção do título de
especialista. Consiste na elaboração de um trabalho de pesquisa supervisionado
por um docente, que deve ser apresentado em forma de monografia.
Fonte: IFSC
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
RIFT VALLEY
O
vale do Rift ou grande vale do Rift é um complexo de falhas tectónicas criado
há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectónicas africana e
arábica. Esta estrutura estende-se no sentido norte-sul por cerca de 5000 km,
desde o norte da Síria até ao centro de Moçambique, com uma largura que varia
entre 30 e 100 km e, em profundidade de algumas centenas a milhares de metros.
A
secção norte forma o vale do rio Jordão, que corre para sul através do mar da
Galileia até ao mar Morto. O Vale do Rift continua para sul, através do Wadi
Arabah, golfo de Aqaba e mar Vermelho. Na desembocadura sul do mar Vermelho, o
Rift tem uma bifurcação, formando o Triângulo de Afar (a rosa mais escuro no
mapa abaixo): o golfo de Aden, para leste, corresponde à divisão entre a
península da Arábia e África e continua como parte da cordilheira Central do
oceano Índico; o outro ramo segue para sudoeste através do Djibouti, para fomar
o vale do Rift Oriental, que abrange a Etiópia, o Quénia, a Tanzânia, o lago
Niassa e o rio Chire, terminando no Zambeze.
Na Tanzânia, pouco a norte do lago
Niassa, o vale divide-se mais uma vez, com um ramo que segue para noroeste e
depois para norte, formando o lago Tanganyika, que faz a fronteira entre a
República Democrática do Congo, a Tanzânia e o Burundi, a seguir lago Kivu, que
separa o Ruanda do Congo, os lagos Eduardo e lago Alberto, com uma das
nascentes do rio Nilo, que o separam do Uganda e que é chamado Rift Ocidental
ou Albertino, onde se encontra a maioria dos grandes lagos Africano, já
mencionados. O lago Vitória encontra-se entre os dois ramos do vale do Rift.
Fonte: www.pt.wikipedia.org. Acesso em 24/08/2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS MARINHAS APLICADAS AO ENSINO - PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O litoral
brasileiro possui extensão de aproximadamente 8.500 km e é constituído por ecossistemas
diversos como mata atlântica, dunas, recifes de coral, manguezais, estuários,
entre outros. Estes ecossistemas são fontes de recursos naturais, minerais e
energéticos, além de serem responsáveis por processos ecológicos de relevante
importância socioambiental, como por exemplo, a ciclagem de nutrientes,
proteção e estabilização das áreas costeiras, regulação climática, sequestro de
carbono; porém estes são frágeis e extremamente vulneráveis à pressão
antrópica. Mais de um quarto da população brasileira vive nas áreas costeiras,
cerca de 51 milhões de habitantes (IBGE, 2011), exercendo atividades econômicas
ligadas direta ou indiretamente ao mar, como: turismo, pesca, aquicultura,
atividades portuárias e exploração petrolífera. Além disso, mais da metade da
população brasileira vive a menos de 200km da costa (IBAMA, 2002), mantendo uma
relação direta com este ambiente. As atividades econômicas costeiras foram já responsáveis
por cerca de 70% do PIB nacional (IBAMA, 2002); cerca de 95% de todo o comércio
exterior brasileiro é viabilizado pela via marítima (ANTAQ, 2011); 94% da
reserva total de petróleo nacional e 84 % do gás natural se encontram em
reservatórios marítimos (ANP, 2011). Estes dados enfatizam a importância
econômica do ambiente marinho. É inegável a íntima relação dos catarinenses com
o mar. O Estado de Santa Catarina possui um litoral com 531 km de extensão com
intensa atividade econômica ligada ao ambiente marinho, como a atividade
pesqueira, portuária e aquícola. Estas atividades fazem com que a população
litorânea e do seu entorno esteja em contato diário com este ambiente. O estado
catarinense é grande produtor nacional na maricultura, sendo responsável por
95% da produção de moluscos no país (IBAMA, 2007). Também se destaca no cenário
da pesca extrativista, em 2011 foi responsável por cerca de 22% da produção
nacional, com cerca de 121.960 toneladas de pescado (MPA, 2012). O estado
possui 4 portos, sendo o porto de Itajaí o segundo do Brasil em movimento de
contêineres (Santa Catarina, Brasil, 2013). Ainda, o turismo da região é fortemente
impulsionado pelas belas paisagens costeiras. Apesar da íntima relação dos
brasileiros com os ecossistemas marinhos, a população desconhece muitas
questões relacionadas a este ambiente. Em 1997, os brasileiros, quando questionados
sobre a importância do mar, visualizaram-o basicamente como fonte de pescado (32%)
e de divertimento (17%), desconhecendo sua importância socioeconômica e
ambiental (Serafim, 2006), sendo que apenas 7% consideraram o mar importante
como fonte energética (petróleo) e 11 % como meio de transporte (CEMBRA, 2012).
Esta mesma pesquisa foi repetida em 2011 e os dados demostraram que o
conhecimento marítimo brasileiro melhorou em alguns itens, porém, os
brasileiros continuam visualizando o mar basicamente como fonte de pescado (67%)
e lazer (39%). Apenas 26% reconhecem a importância do mar como fonte de
petróleo e 11% como meio de transporte. Ainda, poucos tem conhecimento acerca
da regulamentação sobre o mar (CEMBRA, 2012). Assim, apesar da relativa melhora
no conhecimento marítimo brasileiro, ambas pesquisas ressaltam a necessidade de
desenvolvimento de conhecimentos em áreas ligadas ao mar, ou seja, a formação
de uma mentalidade marítima brasileira. Uma das formas mais eficientes de
conscientização da população e a consequente transformação ambiental, econômica
e social consiste na atuação direta na função social da escola e na formação de
professores, já que estes atuam como multiplicadores do conhecimento, agentes
de mudanças e construtores de opiniões. Entretanto, os currículos dos
professores de ensino básico, de modo geral, não abordam conteúdos sobre os
ecossistemas marinhos, principalmente naqueles cursos não ligados às ciências
naturais e desta forma os professores desconhecem grande parte da realidade e
conhecimento dos seus alunos que vivem em contato diário com o mar. Paulo
Freire, em seu livro pedagogia da autonomia, ressalta a importância da formação
de professores conscientes do dia a dia dos educandos:
““....Como ensinar, como formar sem estar aberto ao
contorno geográfico, social, dos educandos?” A formação dos professores e das
professoras devia insistir na constituição deste saber necessário e que me faz
certo desta coisa óbvia, que é a importância inegável que tem sobre nós o
contorno ecológico, social e econômico em que vivemos. E ao saber teórico desta
influência teríamos que juntar o saber teórico-prático da realidade concreta em
que os professores trabalham,...” (Freire, 1996)
Para o
desenvolvimento da mentalidade marítima dentro da sala de aula é necessária a atuação
dos professores de forma interdisciplinar, já que envolve conhecimentos das
mais diversas áreas. Considerando-se os Parâmetros Curriculares Nacionais, o
meio ambiente deve ser ministrado de forma transversal, sendo que os temas
transversais tratam-se de
“.... processos que estão sendo intensamente vividos
pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em
seu cotidiano. São debatidos em diferentes espaços sociais, em busca de
soluções e de alternativas, confrontando posicionamentos diversos tanto em
relação à intervenção no âmbito social mais amplo quanto à atuação pessoal. São
questões urgentes que interrogam sobre a vida humana, sobre a realidade que
está sendo construída e que demandam transformações macrossociais e também de
atitudes pessoais, exigindo, portanto, ensino e aprendizagem de conteúdos
relativos a essas duas dimensões.” (Brasil, 1998)
Apesar da
educação ambiental ser assegurada pela constituição federal no artigo 225 e ser
contemplada como tema transversal necessitando ser trabalhada no dia a dia
escolar, grande parte das vezes este tema não é desenvolvido na escola, e,
quando trabalhado, é apenas abrangido nas disciplinas de Ciências e/ou Biologia
ou em eventos especiais. Segundo Bernardes e Pietro (2010), a falta de
abordagem deste tema em sala de aula advêm de diversas dificuldades, dentre
elas, a falta de familiaridade e capacitação dos professores das diversas
disciplinas sobre os temas a serem trabalhados. Em 2004, o Ministério do Meio
Ambiente reconheceu a importância da intensificação dos esforços para a efetivação
da educação ambiental para os ecossistemas costeiros e oceânicos e ressaltou a
dificuldade de abordagem atual, segundo este relatório são necessárias “… ações
mais sistemáticas de educação ambiental (setor em que as iniciativas são muito
pontuais e desarticuladas).” A educação ambiental também foi elencada como meta
para que a sustentabilidade do meio ambiente brasileiro seja alcançada, segundo
o relatório do IBAMA, Geo-Brasil (2002) é necessário “Melhorar e fortalecer a
incorporação da dimensão ambiental na educação formal e informal, na economia e
na sociedade.”. Medina (1998 apud Medina 2001) acentua a relevância do tema
para o desenvolvimento socioambiental do país:
”A Educação Ambiental como processo que consiste
em propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para
elucidar valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente
e participativa a respeito das questões relacionadas com a conservação e a
adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida
e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado. A Educação
Ambiental visa à construção de relações sociais, econômicas e culturais capazes
de respeitar e incorporar as diferenças (minorias étnicas, populações
tradicionais), à perspectiva da mulher e à liberdade para decidir caminhos alternativos
de desenvolvimento sustentável, respeitando os limites dos ecossistemas,
substrato de nossa própria possibilidade de sobrevivência como espécie.”
Dentre as
diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE), decênio 2011-2020, estão a melhoria da
qualidade de ensino; a promoção da sustentabilidade socioambiental; a promoção humanística,
científica e tecnológica do País e a valorização dos profissionais da educação,
sendo uma das metas do plano formar 50% dos professores da educação básica em
nível de pós graduação. Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia
são regidos pela Lei 11.892/2008. Nesta lei, seção III, está disposto que,
dentre os demais objetivos dos Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia dois são ministrar: “cursos de licenciatura, bem como programas
especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a
educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a
educação profissional;” e, “cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento
e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do
conhecimento;” Segundo o artigo 8° desta mesma lei, os institutos devem garantir
20% de suas vagas para o primeiro objetivo. Ressalta-se que o Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina tem como missão
“Desenvolver e difundir conhecimento científico e tecnológico, formando
indivíduos capacitados para o exercício da cidadania e da profissão.” Todos
estes fatores enfatizam a consonância entre os objetivos institucionais e a
proposta do curso de especialização lato sensu em Ciências do Mar Aplicadas ao
Ensino. Desta forma, tendo em vista a missão dos institutos federais, a íntima
ligação da população do estado de Santa Catarina ao mar, a importância
socioambiental e econômica dos ecossistemas marinhos, a falta de abordagem
deste conteúdo nas salas de aula, o desconhecimento da população
brasileira sobre o tema, faz-se essencial suprir esta lacuna na formação
docente para que haja o desenvolvimento da mentalidade marítima da população
brasileira. Neste contexto, o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina – Câmpus Itajaí propõe a criação do curso de Pós
Graduação Lato Sensu em Ciências Marinhas Aplicadas ao Ensino.
FONTE: IFSC
terça-feira, 10 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Levantamento Aerofotogramétrico de Santa Catarina
O Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), realizou o Levantamento Aerofotogramétrico, um projeto para a obtenção de dados geográficos de alta precisão que ajudarão no desenvolvimento sustentável do Estado. O Levantamento Aerofotogramétrico conta com mais de 70 mil aerofotos, ortofotomosaicos coloridos e infravermelhos, modelos digitais altimétricos, restituição da hidrografia, bacias hidrográficas e infraestrutura hídrica, com potencial de utilização em diversas atividades ligadas à gestão territorial e ambiental. O Sistema de Informações Geográficas de Santa Catarina (SIG@SC) é uma ferramenta para acesso público a estes dados. O portal estará em fase de teste nos próximos meses, período em que serão estudadas as principais utilizações deste serviço.
quinta-feira, 27 de março de 2014
10 anos do evento meteorológico mais importante de SC
Exatamente
num dia 27 de março, lá em 2004, o estado passava pelo seu maior pesadelo em
relação a eventos extremos do tempo. Hoje faz 10 anos que o primeiro furacão do
Atlântico Sul, o CATARINA, entrou no sul do estado. O furacão se originou de um
ciclone extratropical como vários que passam pelo litoral ao longo dos anos. No
entanto, foi a partir do dia 26 de março de 2004 que este ciclone começou
a intrigar meteorologistas de todo o mundo. Neste dia o tão ciclone
extratropical assumiu uma forma circular associado a um “olho” típico
de furacão com deslocamento do mar para a costa, deslocamento este
completamente fora dos padrões dos sistemas meteorológicos na nossa
região.
CRONOLOGIA
DO CATARINA
Dia 27 de março de 2004:
- Por volta das 19h50min:
chuva entre o litoral sul catarinense e o litoral norte gaúcho com vento
sul apresentando rajadas de aproximadamente 50 km/h;
- Por volta das 22h48min:
chuva muito forte e vento intenso já provocando destelhamentos e
alagamentos da água do mar;
Dia 28 de março de 2004:
- Por volta da 1h:
o vento sul ganha força chegando a casa de 100 km/h de maneira constante
apresentando rajadas de até 120 km/h. A partir deste momento o primeiro
furacão da nossa história estava sobe o continente com a sua primeira
fase. A chuva foi aumentando de intensidade e o mar avançando cerca de 70
metros;
- Por volta da 1h15min:
o olho do furacão passa, ou seja, os ventos e a chuva param de uma hora
para outra. No céu nada de nuvens e muitas estrelas. O mais interessante:
a temperatura aumenta, faz calor;
- Por volta das 2h48min:
o olho do furacão se afasta e o vento passa para norte aumentando
rapidamente com rajadas que chegam próximas dos 180 km/h. O barulho do vento
era igual a de uma turbina de avião. A temperatura volta a diminuir.
Chove muito forte diminuindo para aproximadamente 15 metros a
visibilidade. Estamos dentro da segunda fase do furacão;
- Por volta dos 3h15min:
a chuva começa a diminuir e o vento norte baixa para 150 km/h;
- Por volta das 4h30min:
vento na casa de 80 km/h;
- Por volta das 7h:
praticamente sem vento com a dissipação do furacão sobre o continente.
Depois de aproximadamente
12h de vento muito forte, termina o furacão Catarina!!
Fonte: http://wp.clicrtbs.com.br/blogdopuchalski.
Acesso em 27/03/2014
terça-feira, 25 de março de 2014
domingo, 23 de março de 2014
O Dia (da crise) da Água
Precisamos incentivar uso
racional da água e energia nas construções e tratar com seriedade o fato de a
Região Metropolitana de SP consumir muito mais do que produz.
Por Nabil Bonduki
Hoje, 22 de março, Dia
Internacional da Água, São Paulo nada tem a comemorar. A situação crítica do
sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de mais da metade da Região
Metropolitana de São Paulo e que chegou ao nível mais baixo da história, nos coloca
diante de uma crise de proporções inéditas. Urge ao governo do estado, por meio
da Sabesp, mostrar para a população a gravidade da situação e adotar medidas
drásticas e imediatas para reduzir o consumo, garantir o uso racional da água e
proteger com mais ênfase os mananciais da Grande São Paulo. Vivemos as
consequências de erros do passado. A atual crise talvez pudesse contribuir para
evitar que continuemos a errar, mas, infelizmente, as medidas anunciadas pelo
governador Geraldo Alckmin (PSDB) mostram que está se reproduzindo soluções
paliativas que reforçarão a dependência da região. Um pouco de história nos
ajuda a compreender a origem da crise. Em meados do século passado, São Paulo
demandava novas fontes de energia. A solução adotada foi o bombeamento do curso
dos rios Tietê e Pinheiros para a represa Billings, aproveitando os 700 metros
de desnível na Serra do Mar para gerar energia na Usina Henry Borden. Estava
garantida a energia barata, mas, em contrapartida, decretada a morte da
Billings como manancial. Com o crescimento da população, Guarapiranga,
utilizada para abastecimento desde 1929, não era mais suficiente. A solução foi
a implantação, na década de 1960, do sistema Cantareira, formado por cinco
bacias hidrográficas que abrangem uma vasta região de 228 mil hectares – quase
metade dela situada no estado de Minas Gerais. Os rios que alimentam o sistema
contribuem também para o abastecimento de Piracicaba e Campinas. Inaugurou-se,
então, a prática de “tomar emprestado” e não devolver – pois essas águas,
utilizadas e transformadas em esgoto, iam sem tratamento para os rios Tietê e
Pinheiros e acabavam na Billings, não retornando às bacias de origem. Estávamos
em plena ditadura e nem se cogitava o gerenciamento dos recursos hídricos por
bacias hidrográficas. O bombeamento do rio Tietê só foi proibido no inicio dos
anos 1990. Os sistemas Cantareira e Guarapiranga já não bastavam para abastecer
a metrópole e o Braço Taquacetuba da represa Billings, cujos formadores estão
em território paulistano, passou a ser revertido para a represa de Guarapiranga
e utilizado também para abastecimento. Mas o corpo central da Bilings já estava
comprometido por quatro décadas de bombeamento do Tietê e a qualidade das águas
de Guarapiranga só piorava, apesar das restrições estabelecidas em 1976 pela
legislação estadual de proteção aos mananciais. Ocupações irregulares,
consequência da falta de política habitacional, e o descaso dos governantes
foram agravando o problema. Nas décadas de 1990 e 2000, a pauta dos recursos
hídricos esteve muito presente na agenda ambiental nacional. Foi criado o
Sistema Nacional de Recursos Hídricos, instituídos os Comitês de Bacias
Hidrográficas – instâncias tripartites de gestão. Mas em São Paulo, apesar de
algumas iniciativas notáveis, como o Sistema de Fiscalização Integrada SOS Mananciais,
as legislações específicas das bacias hidrográficas Guarapiranga e Billings e a
criação das Áreas de Proteção Ambiental Municipais Capivari-Monos e
Borore-Colônia, o tema não foi tratado
com a devida importância. O colapso do sistema Cantareira reconduziu a pauta
dos recursos hídricos para a agenda governamental. Mas a solução proposta pelo
governo estadual, de buscar água no rio Paraíba do Sul, responsável pelo
abastecimento do Rio de Janeiro, é mais do mesmo. Se, no passado, captamos água
em Minas Gerais, em detrimento da utilização de mananciais localizados na
Região Metropolitana de São Paulo, agora iremos novamente buscar água em outras
bacias hidrográficas? Em contrapartida, nada tem sido dito sobre a proteção dos
mananciais existentes. Será que não aprendemos com as lições do passado? O
município de São Paulo pouco pode fazer para proteger os formadores do sistema
Cantareira, que estão fora do seu território. Mas, pode muito ao proteger a
porção paulistana das bacias hidrográficas Guarapiranga e Billings. É nesse
sentido que propusemos no Substitutivo do Projeto de Lei do Plano Diretor, que
estou redigindo na Câmara Municipal, a recriação da zona rural do município, onde estão as
cabeceiras dos principais formadores das represas Guarapiranga, principalmente,
e Billings. Avançamos, assim, com um projeto de desenvolvimento econômico
adequado para essa região, pautado na sustentabilidade e na inclusão social
produtiva, coibindo os loteamentos urbanos. Por outro lado, estamos
regulamentando, em nível municipal, o pagamento por serviços ambientais, um
novo instrumento para preservar as matas que protegem os cursos d'água e
nascentes, mecanismo que deveria também ser adotado pelo Estado, com recursos
da Sabesp. É nossa responsabilidade proteger a água que os mais de quatro
milhões de paulistanos não abastecidos pelo sistema Cantareira bebem. Para
evitar que fiquemos sem água, precisamos de mais educação ambiental e usar o
pouco que resta do sistema Cantareira com parcimônia. Precisamos incentivar uso
racional da água e energia nas construções e tratar com seriedade o fato de a
Região Metropolitana de São Paulo consumir muito mais água do que produz, o que
caracteriza um aspecto evidente de insustentabilidade. O problema é
metropolitano, a gestão é estadual, mas o município de São Paulo, adotando as
propostas que integram o substitutivo do Plano Diretor, pode iniciar um
processo inovador para garantir a proteção dos mananciais.
Fonte: www.cartacapital.com.br. Acesso em
23/03/2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
Cursos de Geografia em Santa Catarina
Para você que pensa em cursar Geografia segue a lista de
universidades públicas e privadas, além de faculdades que oferecem o curso com habilitação em bacharelado ou
licenciatura e na modalidade presencial ou à distância.
Legenda: B – Bacharelado, L – Licenciatura, EAD – Educação à
distância.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
COPA DO MUNDO NO BRASIL 2014
A Copa do Mundo de 2014 já tem
seus 32 participantes definidos. O Mundial do Brasil, quinto torneio realizado
na América do Sul, terá a participação recorde de seis equipes sul-americanas.
E ninguém jamais viu tantos campeões mundiais em uma única edição: Brasil,
Argentina, Uruguai, Alemanha, Itália, França, Inglaterra e Espanha.
América do Sul
4 VAGAS DIRETAS: Classificam-se
para a Copa os quatro primeiros do grupo único sul-americano: ARGENTINA, COLÔMBIA,
CHILE e EQUADOR.
1 REPESCAGEM O quinto colocado
disputa a repescagem mundial: URUGUAI.
Europa
13 VAGAS DIRETAS: As nove
primeiras vagas européias ficam com os primeiros colocados de cada um dos nove
grupos: BÉLGICA, ITÁLIA, ALEMANHA, HOLANDA, SUÍÇA, RÚSSIA, BÓSNIA-HEZERGOVINA,
INGLATERRA, ESPANHA, PORTUGAL, FRANÇA, CROÁCIA e GRÉCIA.
As quatro últimas vagas da Europa saem de
confrontos diretos de ida e volta definidos por sorteio entre os oito melhores
segundos colocados dos grupos.
América do Norte e Central
3 VAGAS DIRETAS: Classificam-se
para a Copa os três primeiros do grupo único quarta e última fase: ESTADOS
UNIDOS, COSTA RICA e HONDURAS.
1 REPESCAGEM: O quarto colocado disputa
a repescagem mundial: MÉXICO.
África
5 VAGAS DIRETAS: As cinco vagas
africanas são definidas em confrontos diretos de ida e volta entre os melhores
colocados dos dez grupos da primeira fase: CAMARÕES, NIGÉRIA, GANA, COSTA DO
MARFIM e ARGÉLIA.
Ásia
4 VAGAS DIRETAS: Classificam-se
para a Copa os dois primeiros de cada grupo da fase final asiática: IRÃ, CORÉIA
DO SUL, JAPÃO e AUSTRÁLIA.
1 REPESCAGEM Os dois terceiros
disputam vaga na Repescagem Mundial.
Repescagem Mundial
2 VAGAS: Dois confrontos diretos
entre seleções de quatro continentes definem duas vagas para a Copa: MÉXICO e
URUGUAI.
País-sede
VAGA GARANTIDA: O BRASIL,
país-sede, é o único garantido sem precisar disputar Eliminatórias.
Disponível em: copadomundo.uol.com.br.
Acesso em 08/02/2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Verão registra recorde em médias de altas temperaturas em Santa Catarina
Calor continua nos próximos
dias enquanto Estado vive terceira onda de calor entre dezembro de 2013 e
janeiro de 2014
Por Cristian Weiss
O verão 2014 já é o mais
quente em pelo menos duas décadas em boa parte de Santa Catarina. E pior: não
tem data para acabar. As sequenciais ondas de calor devem permanecer pelo
Estado até meados de fevereiro, preveem os meteorologistas. Desde o início do
verão, SC enfrentou a terceira onda prolongada de calor, provocada por um
sistema de bloqueio no Oceano Pacífico, que desvia para o Atlântico as frentes
frias e mantém o tempo seco e quente no Sul do país. Se as temperaturas
permanecerem altas por mais algumas semanas, impactos no nível das bacias, na
agricultura, no abastecimento de água e de energia elétrica serão percebidos em
SC. A Defesa Civil mantém o alerta para o índice extremo de raios ultravioleta
e recomenda precaução ao se expor ao sol.
Chuva não ameniza altas
temperaturas
Dados históricos das sete
estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em SC mostram que entre
dezembro de 2013 e janeiro deste ano foi registrada a maior média de
temperaturas máximas desde 1992 na Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e
Serra. Nas demais regiões, é a média mais expressiva de três a cinco anos. Ondas
de calor são comuns no verão e costumam durar cerca de cinco dias. Mas, por
exemplo, chegou a permanecer pelo dobro do tempo, na virada do ano, explica a
meteorologista do Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia
(Ciram), Gilsânia Cruz. Nem a chuva de verão é o bastante para derrubar as
temperaturas. Projeções apontam a chegada de uma frente fria no dia 7, mas não
deve afastar o calorão de vez, pois a primeira quinzena de fevereiro deve ter
pouca chuva. Nas regiões da Capital, São João Batista, Alfredo Wagner e
Orleans, no Sul, o estado já é de alerta devido à má distribuição das chuvas em
janeiro. O curioso é que em quase todas as regiões já choveu próximo à média
histórica do mês. Em Major Vieira, no Meio-Oeste, choveu quase o dobro do
esperado. O problema é que choveu mais na primeira quinzena e depois ocorreu de
forma isolada, aponta o coordenador de Meteorologia do Ciram, Clóvis Corrêa. As
safras de milho e soja, cujos índices foram bons no início dos dois últimos
anos, podem sofrer baixas se o nível dos mananciais cair. Na Grande
Florianópolis, o calorão derrubou em 20% a produção do tomate nos municípios de
Rancho Queimado, Anitápolis, Angelina e Leoberto Leal. Nas últimas três
semanas, as lavouras de morango perderam 100% da florada, que geralmente dá a
cada 15 dias. O tempo seco e a alta exposição ao sol provoca a queima dos
frutos. Gerente regional da Epagri, José Orlando Borguezan aponta para a queda
de 10% na produção do leite em janeiro. — Se não chover até a próxima semana
haverá risco para a agricultura do Estado — alerta o gerente do Centro de
Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa), Ilmar Borchardt.
De moradores a engenheiros, todos querem ver de perto a megaestrutura em construção no Sul de SC
Cerca de 1,6 mil homens
trabalham para edificar os mais de 2,8 quilômetros de extensão em formato
estaiado, uma das mais belas estruturas de engenharia que existem no mundo.
Por Sâmia Frantz
Embora fosse sempre uma
festa, a jovem Otília tremia de medo ao atravessar a pé a Ponte Tereza Cristina
em Laguna. Corria o início dos anos 1930 e a ponte era a única ligação entre as
duas metades da cidade, cortada ao meio pelo Canal das Laranjeiras. Feita de
ferro, estreita, instável, já à época era quase uma senhora – havia sido
inaugurada 50 anos antes, em 1882, após ser trazida pelo mar direto da
Inglaterra. Mas então, uma nova ponte, mais moderna, começou a surgir ali ao
lado – primeiro uma ferrovia, que, depois, viria a se transformar na Ponte
Henrique Lage, em uso até hoje. Conforme a obra crescia, crescia também a
paixão de Otília por um dos operários, um homem oito anos mais velho que havia
deixado a família em Paulo Lopes para trabalhar na construção daquele novo
monumento. Oito décadas mais tarde, a ponte centenária que um dia assustou,
agora já provoca temor. Ela continua lá, enferrujando e evocando lembranças boas,
bem de frente para o pátio da casa onde Otília mora com a filha do meio,
Terezinha, no alto do morro da Ponta das Laranjeiras. Aos 93 anos, ela já não
escuta como antes, vê o mundo embaçado e não tem mais a companhia do marido, o
antigo operário Antônio Teófilo da Silveira – morto há 44 anos. A nova ponte,
construída por ele, também já deixou de ser novidade.
Modernidade desponta ao lado
da estrutura histórica
Ali, da janela de casa,
Otília viu os anos engolirem a modernidade que a ponte já esbanjou um dia. E,
no lugar de solucionar, virou um dos principais gargalos da BR-101 no Estado.
Mas, como há 80 anos, a cena volta a se repetir nas águas do Canal das
Laranjeiras. Ao lado das duas pontes, os pilares de uma nova megaestrutura
surgem a passos rápidos, erguendo a futura Ponte Anita Garibaldi. Às vezes,
Otília senta com Terezinha na varanda e, juntas, as duas assistem ao vaivém das
balsas que dura o dia inteiro. É como se uma centena de anos passasse em um
segundo: a moderna ponte desponta colossal a poucos metros de uma estrutura
centenária e histórica, tombada pelo município. Lá dentro, um exército de 1,6
mil homens trabalha para edificar os mais de 2,8 quilômetros de extensão em
formato estaiado, uma das mais belas estruturas de engenharia que existem hoje
no mundo. Depois de concluída, será a segunda maior do gênero no Brasil. A obra
chama tanto a atenção, que os empreiteiros responsáveis decidiram abrir os
portões do canteiro de obras uma vez por mês para receber uma multidão de
visitantes curiosos. As quase 50 vagas disponíveis a cada mês já estão
esgotadas até outubro e a fila de espera não para de crescer. Há quem fale em
“momento histórico” e compare a estrutura a “uma nova Hercílio Luz” no futuro. —
Existem pontes impressionantes pelo mundo, mas é como se elas sempre estivessem
lá. Nenhuma me instigou tanto quanto esta, que vi nascendo. É maravilhoso ver o
que o homem é capaz de fazer — comenta o engenheiro colombiano Robinson Dueñas,
24 anos, que esteve na obra pela primeira vez na última semana.
Canteiro de obras repleto de
lições
Uma vez por mês, 50 pessoas
se misturam aos quase 1,6 mil funcionários que trabalham dia e noite para
erguer a maior ponte de Santa Catarina. São engenheiros, arquitetos, estudantes
e curiosos de toda a parte que querem conhecer de perto o que há de tão
particular na construção: quem, afinal, não se sente atraído pelo nascimento de
um novo cartão-postal? O canteiro de obras, porém, não abre as portas só para
os curiosos. Na semana passada, 26 trainees, contratados pela empreiteira líder
do Consórcio Ponte de Laguna, a Camargo Corrêa, enfrentaram cinco dias de aula
prática no local. De todos trabalhos da empresa no mundo, a Ponte Anita
Garibaldi foi a escolhida para fazê-los entender e conhecer a rotina de uma obra
que nunca para. Nenhum deles trabalhará nesse projeto, mas só lá poderão
adquirir lições que não receberiam em outros lugares. — É muita coisa
acontecendo ao mesmo tempo: como se perfura uma estaca no fundo da lagoa, como
fazer para edificá-la, como montar estruturas que pesam 500 toneladas e
levá-las para ficarem suspensas em alto-mar. Isso tudo é muito atrativo, com
impacto muito grande e cria muita expectativa — admite Robinson, que se prepara
para assumir a produção da hidrelétrica de Ituango, a maior da Colômbia. Separados
em três grupos de trabalho, eles visitaram desde o canteiro de obras em terra,
onde o processo começa, até os trabalhos em mar. De uma outra frente, quatro
jovens acompanharam o planejamento executivo. São engenheiros que ficarão responsáveis
por organizar cada etapa de uma construção, desde o tempo necessário, até o
tipo de equipamento a ser usado.
Disponível em: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc.
Acesso em 01/02/2014
Assinar:
Postagens (Atom)