Autor: Paulo Araújo Duarte
Fonte: A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2000. (Repensando o ensino). P. 92-108.
Mensagem principal: A preocupação na passagem da informações da cartografia, enquanto disciplina universitária para o ensino da geografia, disciplina do ensino fundamental e médio e as metodologias utilizadas como a análise de mapas, cartas e plantas e a confecção de maquetes e croquis e a elaboração de mapas mentais na construção de um aluno crítico e consciente.
RESUMO
A transposição didática é o método utilizado para transformar o saber universitário em objeto de estudo para o ensino fundamental e médio, sem empobrecer com isso o saber universitário e que atenda sobremaneira o público escolar adaptando os conhecimentos ao processo de aprendizagem e capacidade mental dos alunos.
O saber universitário é um quebra-cabeça com inúmeras possibilidades de construção do conhecimento, enquanto que o ensino fundamental e médio necessita de uma hierarquização, elaboração e reorganização a partir do saber universitário para uma melhor compreensão por parte do aluno.
A reconstrução deve ser feita em vários níveis, seja atendendo os programas oficiais, até o método e raciocínio utilizado, como o indutivo, por exemplo, que vai do particular ao geral e do concreto ao abstrato do que o método dedutivo, que vai do geral ao particular utilizado na universidade. Outra reconstrução é ao nível do professor, elaborando a disciplina a sua maneira, ao nível da lição modificando-a em função da reação e dificuldades dos alunos e por último ao nível do aluno onde ele constrói o seu saber, integrando a sua maneira nos esquemas de pensamento e ação.
A reconstrução deve ser feita em vários níveis, seja atendendo os programas oficiais, até o método e raciocínio utilizado, como o indutivo, por exemplo, que vai do particular ao geral e do concreto ao abstrato do que o método dedutivo, que vai do geral ao particular utilizado na universidade. Outra reconstrução é ao nível do professor, elaborando a disciplina a sua maneira, ao nível da lição modificando-a em função da reação e dificuldades dos alunos e por último ao nível do aluno onde ele constrói o seu saber, integrando a sua maneira nos esquemas de pensamento e ação.
Os professores do Ensino Fundamental e Médio podem trabalhar com a Cartografia seguindo dois eixos.
No primeiro eixo o aluno trabalha com produtos cartográficos já elaborados sendo os três principais, os mapas, as cartas e as plantas.
Os alunos trabalharão em três níveis propostos:
1. Localização e análise: o aluno localiza e analisa um determinado fenômeno no mapa. Ex: localização de um país, de um rio ou de uma montanha.
2. Correlação: ele correlaciona duas, três ou mais ocorrências, assim as correlações são feitas entre variáveis como a altitude, vegetação, clima, uso do solo entre outras ocorrências físicas de um determinado espaço.
3. Síntese: o aluno analisa, correlaciona aquele espaço e faz uma determinada síntese dos dados.
Nesse eixo em que os alunos trabalharão com produtos cartográficos já elaborados nos três níveis de leitura o resultado final será um aluno leitor crítico.
No segundo eixo os alunos trabalharão com imagem tridimensional/bidimensional. O encaminhamento será feito basicamente por intermédio das maquetes, que são informações tridimensionais e croquis que são representações bidimensionais. Este segundo eixo terá como resultado um aluno mapeador consciente. A grande diferenciação em relação ao primeiro eixo é que o aluno vai participar efetivamente do processo de mapeamento.
A maquete possibilita ao aluno ver as diferentes formas topográficas, as diferentes altitudes de um determinado espaço e em função disso poderá trabalhar várias outras informações correlacionando com estas formas topográficas.
Já o croqui cujas informações são representadas de forma mais simplificada, tem um valor interpretativo, é uma representação esquemática, não sendo obra de especialista em cartografia.
Existem três tipos de croquis:
Croqui de análise/localização, croqui de correlação e croqui de síntese.
Ainda nesse segundo eixo é proposto o uso do mapa mental. O mapa mental permite observar se o aluno tem uma percepção efetiva da ocorrência de um fenômeno no espaço e condições de fazer a sua transposição para o papel.
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