O gráfico separa os últimos números do PIB do lançados pelo Banco Mundial para mostrar a parcela relativa da economia global para cada país. O círculo completo, conhecido como Diagrama de Voronoi, representa a totalidade da economia global de US $ 74 trilhões em termos nominais. Enquanto isso, o segmento de cada país é dimensionado de acordo com sua porcentagem da produção global do PIB. Os continentes também são agrupados e classificados por cor.
De acordo com os dados, os EUA ainda são a maior economia do mundo. Conforme demonstrado neste diagrama de Voronoi, os Estados Unidos (24,3%) gera quase um quarto do PIB global e está quase 10 pontos percentuais à frente da China (14,8%), em segundo lugar e mais de 18 pontos percentuais à frente do Japão (4,5 %) em terceiro.
A economia dos EUA é aproximadamente equivalente em tamanho ao PIB total do Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Índia, Itália, Brasil e Canadá - combinados. Enquanto isso coloca os EUA confortavelmente à frente de todos os outros (incluindo, por enquanto, os chineses), a história é bastante diferente se considerarmos continentes em vez de países. Neste gráfico, que mostra as 40 maiores economias do mundo individualmente, o bloco asiático é claramente dominante. Representa pouco mais de um terço (33,84%) do PIB global, ultrapassando sem esforço o bloco norte-americano, que tem 27,95%, acima do 1/4 do PIB global, representado pelos EUA sozinhos. A Europa, entretanto, tem que se contentar com o terceiro lugar, e pouco mais de um quinto do PIB global (21,37%). Juntos, esses três blocos geram mais de quatro quintos (83,16%) da produção total do mundo.
As 10 maiores economias do mundo
1. Estados Unidos (US $ 18,03 trilhões)
2. China (US $ 11 trilhões)
3. Japão (US $ 4,38 trilhões)
4. Alemanha (US $ 3,336 trilhões)
5. Reino Unido (US $ 2,86 trilhões)
6. França (US $ 2,42 trilhões)
7. Índia (US $ 2,09 trilhões)
8. Itália (US $ 1,82 trilhão)
9. Brasil (US $ 1,77 trilhão)
10. Canadá (US $ 1,55 trilhões
As 10 maiores economias da Ásia
2. China (US $ 11 trilhões)
3. Japão (US $ 4,38 trilhões)
7. Índia (US $ 2,09 trilhões)
11. Coreia do Sul (US $ 1,38 trilhão)
13. Rússia (US $ 1,33 trilhão)
16. Indonésia (US $ 861,9 bilhões)
18. Turquia (US $ 717,9 bilhões)
20. Arábia Saudita (US $ 646 bilhões)
26. Irã (US $ 425,3 bilhões)
27. Tailândia (US $ 395,1 bilhões)
O centro de gravidade econômico da Ásia está no leste, com a China, o Japão e a Coréia do Sul gerando quase tanto PIB quanto os EUA.
As 10 maiores economias da América
1. Estados Unidos (US $ 18,04 trilhões)
9. Brasil (US $ 1,77 trilhão)
10. Canadá (US $ 1,55 trilhões)
15. México (US $ 1,14 trilhão)
21. Argentina (US $ 583,2 bilhões)
39. Colômbia (US $ 292,1 bilhões)
42. Chile (US $ 240,8 bilhões)
48. Peru (US $ 189,1 bilhões)
58. Porto Rico (US $ 103,1 bilhões)
61. Equador (US $ 100,2 bilhões)
O Brasil, o gigante econômico da América do Sul, tem menos de um décimo do tamanho do PIB dos Estados Unidos.
As 10 maiores economias da Europa
4. Alemanha (US $ 3,336 trilhões)
5. Reino Unido (US $ 2,85 trilhões)
6. França (US $ 2,42 trilhões)
8. Itália (US $ 1,82 trilhão)
14. Espanha (US $ 1,2 trilhão)
17. Países Baixos (US $ 750,3 bilhões)
19. Suíça (US $ 670,8 bilhões)
22. Suécia (US $ 495,6 bilhões)
24. Polônia (US $ 477,1 bilhões)
25. Bélgica (US $ 455,1 bilhões)
O Reino Unido é o segundo poder econômico da Europa, o que coloca em perspectiva o grande impacto econômico que a Brexit terá na União Européia.
E isso resume a economia mundial. Apesar de todas as conversas sobre economias emergentes, as quatro maiores economias da América do Sul (Brasil, Argentina, Venezuela e Colômbia) produzem apenas cerca de 4% do PIB global , enquanto as três maiores economias de África (África do Sul, Egito e Nigéria) não produzem mais do que 1,5%.
Além das 40 maiores economias mostradas individualmente, os mais de 100 países do mundo agrupados aqui como "resto do mundo" geram apenas 9,4% do PIB global. Estes incluem países grandes com baixo PIB per capita como o Paquistão ou o Bangladesh, e países que são relativamente ricos, mas muito pequenos, como o Chile ou Luxemburgo. E, claro, países que são pobres e pequenos, como Cuba ou o Iêmen.
Fonte: https://www.geografianews.com. Acesso em 19/12/2017.
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
domingo, 20 de agosto de 2017
sábado, 19 de agosto de 2017
O sofisticado nepotismo das universidades brasileiras
Quando recebeu o título de professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), em 1997, o geógrafo Milton Santos pronunciou um discurso intitulado O intelectual e a universidade estagnada. Nessa intervenção, indagando-se sobre as possibilidades de produção adequada de conhecimento num mundo em constante mudança, questionou:
Como fazê-lo no Brasil, onde a vida intelectual está organizada em torno de clubes, de clãs e do enturmamento, sendo às vezes mais útil passar as noites em reuniões com os colegas que mandam, do que queimar as pestanas, como antigamente se dizia, em frente dos livros.
Santos aponta para um fenômeno bastante comum na paisagem universitária nacional, a saber: a endogamia. Formam-se grupos de poder e de influência entre os membros da comunidade acadêmica, os quais aparelham e capturam as instituições, mandando, desmandando e ditando seus rumos e perpetuando-se nas posições de chefia. Nesses casos, como disse o geógrafo, vale mais a pena investir o tempo em cópulas sociais – quando não físicas – com colegas influentes do que em estudos, pesquisas e publicações.
Outro aspecto dessa formação de panelinhas é a endogenia: a produção das futuras gerações acadêmicas no interior da própria universidade, sem muito espaço para influências externas. Isso está bem documentado por uma pesquisa do departamento de ciência da computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre circulação de pesquisadores no Brasil. Analisando cerca de seis mil pesquisadores brasileiros, o grupo observou que apenas 20% (um quinto do total, portanto) constroem suas carreiras profissionais a mais de quinhentos quilômetros (500km) de onde fizeram sua formação universitária. A avassaladora maioria permanece nos entornos de sua alma mater, o que facilita – geograficamente, inclusive – a perpetuação de esferas de influência.
O efeito mais pernicioso dessa estrutura de reprodução endogâmica e endogênica é o engessamento e a falta de circulação – não só de pessoas, mas de ideias. Gerações atuais costumam repetir ou, na melhor das hipóteses, reformular os trabalhos realizados por seus orientadores e orientadoras e, consequentemente, treinar gerações futuras para seguir na mesma toada: a repetição da repetição, ad nauseam. Ora, a força das universidades e da vida acadêmica reside precisamente em sua capacidade de abertura a novas ideias. Sem ela, é impossível à universidade realizar sua tarefa mais vital, da qual sua sobrevivência depende estritamente, como bem apontou Santos:
A universidade, aliás, é, talvez, a única instituição que pode sobreviver apenas se aceitar críticas, de dentro dela própria, de uma ou outra forma. Se a universidade pede aos seus participantes que calem, ela está se condenando ao silêncio, isto é, à morte, pois seu destino é falar. A fidelidade reclamada não pode ser à universidade, e a ela não temos razão para ser fiéis. Nossa única fidelidade é com a ideia de universidade. E é a partir da ideia sempre renovada de universidade que julgamos as universidades concretas e sugerimos mudanças.
Pois bem, embora não se configurem estritamente como casos de nepotismo – o favorecimento de parentes na nomeação de cargos – porque não se tratam de relações consanguíneas, há de se convir que a atuação de padrinhos e madrinhas acadêmicos é decisiva na construção de carreiras na universidade. Além de impedir a renovação científica, intelectual e crítica das instituições, pressupostos de seu fortalecimento, essa prática – que não é exclusivamente brasileira – provoca distorções quanto à primazia da qualidade acadêmica ou promoção de certa meritocracia.
Para além de razões culturais, antropológicas e sociológicas que invocam traços da formação brasileira como compadrio e cordialidade, uma das causas desse fenômeno está na própria estrutura de carreira das universidades brasileiras, especialmente as públicas. Uma vez aprovado(a) no concurso, o(a) docente adquire estabilidade no cargo após um período de experiência de alguns anos – normalmente três. Assim, ele ou ela só mudará de instituição para se transferir para outra de maior prestígio. Nas melhores universidades do país, isso raramente acontece.
Como combater esse problema? Engana-se quem pensa que a solução esteja na extinção da estabilidade. Países anglófonos, como Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, por exemplo, concedem estabilidade a uma parcela cada vez menor de docentes, o que gera uma massa de profissionais com contratos temporários instáveis e precários, sobrecarregados por obrigações e impossibilitados de desenvolver pesquisas de médio-longo prazo – o que, irônica e paradoxalmente, lhes qualificaria para postos permanentes. Países como Alemanha, França e Itália têm soluções locais para promover algum grau de circulação em seus sistemas universitários, mas essas costumam estar intimamente ligadas à história e à constituição desses.
Não é necessário, entretanto, importar soluções. Um caminho se encontra disponível no Brasil, nas carreiras jurídicas, por exemplo. Carreiras federais são organizadas nacionalmente, e os ingressantes distribuídos pelas diversas Unidades da Federação de acordo com a demanda e disponibilidade de vagas de cada uma delas (exemplo: Ministério Público Federal). Ao longo da carreira, a cada x anos, o(a) profissional pode optar por se transferir para outra localidade – novamente de acordo com a demanda e a disponibilidade de vagas. O mesmo acontece em esfera estadual (exemplo: magistratura estadual). Isso tudo sem prejuízo da estabilidade no cargo.
Por que não tentar algo semelhante na carreira acadêmica? Docentes e pesquisadores poderiam prestar concursos federais e estaduais, após cuja aprovação seriam alocados nas instituições que carecessem de profissionais. Alguns anos depois, poderiam solicitar transferência para outras, se for de seu interesse.
Naturalmente, não se trata de uma solução perfeita. Ela não impede a captura de bancas de concursos por grupos de influência e distorções sistêmicas. No entanto, já é mais do que se tem feito hoje para combater esse grave problema: nada. Dado o que está em jogo, vale a aposta.
Rafael Barros de Oliveira - Colaborador do Terraço Econômico
Disponível em: http://terracoeconomico.com.br/o-sofisticado-nepotismo-das-universidades-brasileiras. Acesso em 19/08/2017
Como fazê-lo no Brasil, onde a vida intelectual está organizada em torno de clubes, de clãs e do enturmamento, sendo às vezes mais útil passar as noites em reuniões com os colegas que mandam, do que queimar as pestanas, como antigamente se dizia, em frente dos livros.
Santos aponta para um fenômeno bastante comum na paisagem universitária nacional, a saber: a endogamia. Formam-se grupos de poder e de influência entre os membros da comunidade acadêmica, os quais aparelham e capturam as instituições, mandando, desmandando e ditando seus rumos e perpetuando-se nas posições de chefia. Nesses casos, como disse o geógrafo, vale mais a pena investir o tempo em cópulas sociais – quando não físicas – com colegas influentes do que em estudos, pesquisas e publicações.
Outro aspecto dessa formação de panelinhas é a endogenia: a produção das futuras gerações acadêmicas no interior da própria universidade, sem muito espaço para influências externas. Isso está bem documentado por uma pesquisa do departamento de ciência da computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre circulação de pesquisadores no Brasil. Analisando cerca de seis mil pesquisadores brasileiros, o grupo observou que apenas 20% (um quinto do total, portanto) constroem suas carreiras profissionais a mais de quinhentos quilômetros (500km) de onde fizeram sua formação universitária. A avassaladora maioria permanece nos entornos de sua alma mater, o que facilita – geograficamente, inclusive – a perpetuação de esferas de influência.
O efeito mais pernicioso dessa estrutura de reprodução endogâmica e endogênica é o engessamento e a falta de circulação – não só de pessoas, mas de ideias. Gerações atuais costumam repetir ou, na melhor das hipóteses, reformular os trabalhos realizados por seus orientadores e orientadoras e, consequentemente, treinar gerações futuras para seguir na mesma toada: a repetição da repetição, ad nauseam. Ora, a força das universidades e da vida acadêmica reside precisamente em sua capacidade de abertura a novas ideias. Sem ela, é impossível à universidade realizar sua tarefa mais vital, da qual sua sobrevivência depende estritamente, como bem apontou Santos:
A universidade, aliás, é, talvez, a única instituição que pode sobreviver apenas se aceitar críticas, de dentro dela própria, de uma ou outra forma. Se a universidade pede aos seus participantes que calem, ela está se condenando ao silêncio, isto é, à morte, pois seu destino é falar. A fidelidade reclamada não pode ser à universidade, e a ela não temos razão para ser fiéis. Nossa única fidelidade é com a ideia de universidade. E é a partir da ideia sempre renovada de universidade que julgamos as universidades concretas e sugerimos mudanças.
Pois bem, embora não se configurem estritamente como casos de nepotismo – o favorecimento de parentes na nomeação de cargos – porque não se tratam de relações consanguíneas, há de se convir que a atuação de padrinhos e madrinhas acadêmicos é decisiva na construção de carreiras na universidade. Além de impedir a renovação científica, intelectual e crítica das instituições, pressupostos de seu fortalecimento, essa prática – que não é exclusivamente brasileira – provoca distorções quanto à primazia da qualidade acadêmica ou promoção de certa meritocracia.
Para além de razões culturais, antropológicas e sociológicas que invocam traços da formação brasileira como compadrio e cordialidade, uma das causas desse fenômeno está na própria estrutura de carreira das universidades brasileiras, especialmente as públicas. Uma vez aprovado(a) no concurso, o(a) docente adquire estabilidade no cargo após um período de experiência de alguns anos – normalmente três. Assim, ele ou ela só mudará de instituição para se transferir para outra de maior prestígio. Nas melhores universidades do país, isso raramente acontece.
Como combater esse problema? Engana-se quem pensa que a solução esteja na extinção da estabilidade. Países anglófonos, como Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, por exemplo, concedem estabilidade a uma parcela cada vez menor de docentes, o que gera uma massa de profissionais com contratos temporários instáveis e precários, sobrecarregados por obrigações e impossibilitados de desenvolver pesquisas de médio-longo prazo – o que, irônica e paradoxalmente, lhes qualificaria para postos permanentes. Países como Alemanha, França e Itália têm soluções locais para promover algum grau de circulação em seus sistemas universitários, mas essas costumam estar intimamente ligadas à história e à constituição desses.
Não é necessário, entretanto, importar soluções. Um caminho se encontra disponível no Brasil, nas carreiras jurídicas, por exemplo. Carreiras federais são organizadas nacionalmente, e os ingressantes distribuídos pelas diversas Unidades da Federação de acordo com a demanda e disponibilidade de vagas de cada uma delas (exemplo: Ministério Público Federal). Ao longo da carreira, a cada x anos, o(a) profissional pode optar por se transferir para outra localidade – novamente de acordo com a demanda e a disponibilidade de vagas. O mesmo acontece em esfera estadual (exemplo: magistratura estadual). Isso tudo sem prejuízo da estabilidade no cargo.
Por que não tentar algo semelhante na carreira acadêmica? Docentes e pesquisadores poderiam prestar concursos federais e estaduais, após cuja aprovação seriam alocados nas instituições que carecessem de profissionais. Alguns anos depois, poderiam solicitar transferência para outras, se for de seu interesse.
Naturalmente, não se trata de uma solução perfeita. Ela não impede a captura de bancas de concursos por grupos de influência e distorções sistêmicas. No entanto, já é mais do que se tem feito hoje para combater esse grave problema: nada. Dado o que está em jogo, vale a aposta.
Rafael Barros de Oliveira - Colaborador do Terraço Econômico
Disponível em: http://terracoeconomico.com.br/o-sofisticado-nepotismo-das-universidades-brasileiras. Acesso em 19/08/2017
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
7 princípios da educação finlandesa – a melhor do mundo
Prepará-los para as provas ou para a vida. A Finlândia escolheu a segunda opção. A terra do Papai Noel e das boas escolas. Esta é a Finlândia. Há pouco tempo, parte de nossa equipe esteve por lá para ver com seus próprios olhos como funciona o sistema educacional, considerado um dos melhores do mundo. Sem preguiça, nem perder tempo, reuniram o maior número de informações a respeito. O que descobriram deixou a todos nós, no Incrivel.club, boquiabertos. Eis os fatos:
O ensino básico na Finlândia possui dois níveis:
— Primário (alokoulu), da 1ª à 6ª série
— Secundário (yläkoulu), da 7ª à 9ª série
Há ainda uma 10ª série complementar na qual os alunos podem melhorar suas qualificações, depois da qual eles vão ou para escolas técnicas ou continuar seus estudos nos liceus (lukio) — que são um tipo de escolas preparatórias.
Os 7 princípios da etapa média da educação finlandesa:
1. Igualdade
… das escolas: Lá não existe isso de ’escola de elite’. A maior das escolas acolhe 960 alunos, e a menor, 11, mas todas possuem as mesmas qualidades, recursos e financiamento, proporcionalmente ao seu tamanho. Quase todas as escolas são estatais, embora meia-dúzia delas sejam em parte privadas. O diferencial dessas escolas particulares, além das mensalidades, é que os alunos levam um ritmo mais pesado; em geral são colégios de formação especial que seguem modelos pedagógicos específicos: o de Montessori, de Freinet, de Morton ou de Waldorf. Escolas de idiomas, como de inglês, francês e alemão, também são particulares.
E, seguindo esse mesmo princípio de igualdade, na Finlândia existe um sistema paralelo de ensino da língua finlandesa que vai do jardim da infância à universidade. E também, no norte do país, na Lapônia, onde vive o povo lapão (e o Papai Noel), há o ensino de seu idioma nativo.
Antes, os finlandeses eram proibidos de escolher em qual escola seus filhos deveriam estudar e tinham de levá-los à que estivesse mais perto de casa. Hoje se revogou essa proibição, mas a maioria dos pais continua levando seus filhos nas escolas que ficam em seus bairros, já que todas são igualmente boas.
… de todas as matérias: Se especializar numa matéria em detrimento das outras não é algo bem visto. Por exemplo, lá ninguém pensa que matemática é mais importante do que educação artística. Pelo contrário: alunos com queda para o desenho, para a música ou para os esportes são o critério para a formação de classes especiais.
… dos pais: A profissão ou status social dos pais dos alunos são informações que os professores ficarão sabendo apenas se for necessário. Eles são proibidos de perguntar aos alunos qualquer coisa nesse sentido.
… dos alunos: Os finlandeses não classificam os alunos segundo suas capacidades ou aspirações profissionais, tampouco há alunos ’bons’ e ’maus’. É proibido fazer comparações entre alunos. Tanto os alunos mais inteligentes quanto os que têm dificuldade para aprender estão misturados aos demais, inclusive aqueles com deficiências físicas, apesar de que podem ser formadas classes especiais para alunos com deficiência visual ou auditiva. Os finlandeses tentam ao máximo integrar à sociedade aquelas pessoas que necessitam de atenção especial; a diferença de desempenho entre os alunos finlandeses é a menor do mundo!
… dos professores: Não há professores favoritos ou odiados, nem os professores têm alunos ou classes favoritas. Qualquer desvio dessa harmonia estabelecida é passível de anulação do contrato do professor. Os professores finlandeses têm o dever de cumprir na íntegra o que se espera de seu trabalho, nem mais nem menos, além do que, todos se consideram igualmente importantes na sala de professores. Por exemplo, os professores de física, de artes, de literatura são igualmente estimados.
… de direitos entre adultos e crianças: Os finlandeses chamam isso de ’tratamento respeitoso aos alunos’. Desde a primeira série são explicados aos alunos os seus direitos, inclusive o direito de prestar queixa de algum adulto a um assistente social. Isso estimula os pais a entenderem que seus filhos são indivíduos independentes, e que as pessoas são não podem ofende-las com palavras ou com violência física. Humilhar os alunos é outra coisa que os professores são proibidos de fazer, mesmo que lá as leis trabalhistas lhes permitam fazê-lo. A peculiaridade mais notória é que cada professor é contratado por apenas um ano, havendo possibilidade de se renovar ou não esse contrato. E além de tudo, professores auxiliares recebem um salário de 2500 euros, e os titulares, de 5000 euros.
2. Gratuidade
Além da educação, também são gratuitos: As refeições; As visitas a museus e atividades extra-classe; O transporte que leva e traz os alunos se a escola estiver a mais de dois quilômetros de suas casas; Todos os livros didáticos e material escolar, como calculadoras, computadores individuais e tablets.
É proibido cobrar qualquer taxa dos pais!
3. Individualidade
Para cada aluno se estipula um plano individual de estudo e desenvolvimento. Essa individualização tem a ver com o conteúdo dos livros didáticos, dos exercícios, quantidade de deveres de classe, de casa etc, e com o tempo com que se planeja realizá-los. O mesmo ocorre com o material que os professores proveem: quais alunos recebem o conteúdo mais complexo e quais os mais simples.
Na mesma aula os alunos realizam exercícios de diferentes níveis de dificuldade e a nota final varia de acordo com as diferentes capacidades de cada um. Se hoje, por exemplo, um aluno consegue fazer os exercícios básicos satisfatoriamente, amanhã lhe será dado um exercício mais complexo. Se ele não conseguir, não tem problema… serão dados exercícios com o nível de dificuldade de ontem.
Nas escolas finlandesas, além da formação-padrão, há duas peculiaridades no processo educativo: Apoio acadêmico aos alunos retardatários — o que em muitos países seria o papel de um professor particular. Na Finlândia os professores particulares são muito raros, uma vez que que os professores titulares nas escolas já ajudam seus alunos voluntariamente, durante ou depois das aulas.
Educação ’corretiva’ — Está relacionada aos problemas de compreensão do material didático escrito na língua suomi, que é falada em grande parte das escolas da Finlândia. Também serve para atender problemas de memória, dificuldades com matemática ou o comportamento antissocial de alguns alunos. A educação ’corretiva’ é conduzida em grupos pequenos ou individualmente.
4. Educação Prática
Os finlandeses dizem: "É possível prepará-los ou para as provas ou para a vida. Escolhemos a segunda opção". É por isso que não se dá provas nas escolas da Finlândia, apesar de que, se o professor quiser, ele pode fazer exames de controle. Só existe uma prova obrigatória, no fim do período médio, mas ela pouco influi na avaliação feita pelos professores, nem afeta a nota final dos alunos. E o mais interessante é que os alunos não são preparados para essa prova; eles a farão usando tudo o que aprenderam até então. Nada de passar um mês antes da prova estudando em desespero!
Na escola só se ensina o que pode vir a ser útil na vida. Saber como funciona a caldeira da metalúrgica não tem utilidade. Agora, os alunos finlandeses desde criança sabem o que é um portfólio, um contrato, um talão de cheques, sabem calcular a porcentagem do imposto sobre heranças ou a renda pessoal, como criar um site, como calcular descontos em produtos, desenhar a Rosa dos Ventos e localizar o lugar onde vivem etc…
5. Confiança
Primeiro, não se supervisiona o trabalho de funcionários e professores, nem lhes é dito como devem trabalhar ou como e o que devem ensinar. Existe um sistema centralizado de educação no país, mas ele só propõe um alinhamento básico e recomendações superficiais. Assim, cada pedagogo aplica a seus alunos o método de ensino que lhe parecer melhor.
Segundo, a confiança nos alunos: durante as aulas é permitido fazer qualquer coisa. Se, por exemplo, durante a aula de literatura apresentam um vídeo educativo, e um aluno não estiver interessado, ele pode ir ler um livro se quiser. Há a percepção de que é a própria pessoa quem deve escolher o que é importante para sua vida.
6. Voluntarismo
Estuda quem quiser estudar. Os professores tentarão atrair a atenção dos alunos, mas, se algum não quiser prestar atenção, não tiver interesse ou não for capaz de entender a aula, será orientado depois a que busque por uma profissão prática, porém útil. Um trabalho fácil. A ideia é não ficar recheando o boletim do aluno com zeros e pontos negativos. Claro… saber construir aviões e usinas nucleares não é para todos… alguém vai ter de ser um bom motorista de ônibus!
Tendo isso em mente, os finlandeses dão valor também à escola secundária e técnica: deve-se saber se vale mesmo a pena um aluno continuar o estudo acadêmico num liceu ou se ele deve continuar os estudos na secundária, e é aí que se recorre às escolas técnicas. Na Finlândia ambas as opções são honoráveis.
As aptidões de cada aluno são avaliadas por meio de exames e de consultas com orientadores vocacionais nas escolas.
À primeira vista, o sistema educacional finlandês parece suave e delicado, mas isso não quer dizer que não seja sério. Por exemplo, existe um rígido controle do horário de aulas, todas as faltas devem ser ’repostas’. Se um aluno da 6ª série faltar à aula, seu professor tentará encaixá-lo em algum outro horário de outra turma da 6ª série, para que este reponha a aula… como se lhe dissessem: «Sente aí e repense sua vida». E se esse aluno começar a perturbar os colegas na aula de reposição, o tempo que passou ali deixará de ser contado; se ele não quiser fazer os exercícios na aula de reposição, ninguém vai chamar os pais, nem ameaçá-lo, repreendê-lo, gritar com ele… nada disso. Já que os pais desse aluno são descuidados com a educação doméstica de seu filho ou filha, o que vai acontecer é uma reprovação no fim do ano. Simples!
E repetir de ano na Finlândia não é nenhuma vergonha, especialmente depois da 9ª série, pois é necessária uma preparação séria para a vida adulta e por isso mesmo é que as escolas lá têm a 10ª série — que, como dissemos no início, é opcional.
7. Independência
Os finlandeses acreditam que a escola deve ensinar ao aluno algo muito importante: ter uma vida independente no futuro! Por isso se ensina a pensar e a adquirir conhecimento por conta própria. Os professores não precisam anunciar os temas de estudo já que tudo está escrito nos livros didáticos. Não é importante decorar fórmulas, mas sim saber procurar nas bibliografias, na Internet, usar a calculadora, ou seja, deixar à disposição dos alunos os recursos necessários para que aprendam a solucionar seus próprios problemas.
E outra coisa… os pedagogos nas escolas não interferem nos conflitos entre alunos, dando-lhes assim a oportunidade de prepararem para as diferentes situações da vida e de desenvolverem sua capacidade de se defenderem corretamente.
Disponível em www.geografia news.com.br. Acesso em 14/08/2014
domingo, 13 de agosto de 2017
segunda-feira, 31 de julho de 2017
IBGE aponta que Brasil é mais rural que imaginado e propõe nova classificação
De olho na divulgação do Censo Demográfico 2020, o IBGE está propondo uma nova tipologia para a caracterização dos espaços urbanos e rurais. Por essa metodologia, a população urbana do Brasil passa de 84,4% para 76%.
Densidade demográfica, localização em relação aos principais centros urbanos e tamanho da população são os critérios fundamentais da metodologia, que ainda está em debate. Assim, a partir do cruzamento dessas variáveis, os municípios se classificariam em cinco tipos: urbano, intermediário adjacente, intermediário remoto, rural adjacente e rural remoto.
Pela nova proposta, apresentada no estudo Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil: uma primeira aproximação, 76% da população brasileira se encontram em áreas predominantemente urbanas, que correspondem somente a 26% do total de municípios. Por outro lado, a maior parte dos municípios (60,4%) foram classificados como predominantemente rurais, reunindo, no entanto, apenas 17% da população.
Por esta tipologia, a região Norte destaca-se pelo elevado percentual de municípios rurais (65,0%), apesar de 66,3% de sua população viver em municípios urbanos. Já o Nordeste é a região que possui a menor porcentagem de pessoas (59,3%) em municípios urbanos, com quase 1/3 (29,5%) da população vivendo em 1.236 municípios rurais (68,9%).
O Sudeste, região mais dinâmica economicamente, mostrou as maiores porcentagens de municípios urbanos (37,5%) e população vivendo em municípios urbanos (87%). A região Sul tem as menores proporções de municípios intermediários remotos (0,02%) e rurais remotos (0,03%), o que mostra a grande proximidade física entre as sedes municipais.
O Centro-Oeste, por sua vez, se mostrou uma região de grandes contrastes, sendo, mesmo tempo, a região com a segunda maior população em municípios urbanos (79,8%) e em municípios remotos, intermediários e rurais (2,3% e 4,0%, respectivamente).
Nova classificação vai aprimorar resultados do Censo 2020
Pelos critérios atuais, o espaço urbano é determinado por lei municipal, sendo o rural definido por exclusão à área urbana. Nesta classificação, o Brasil tem, de acordo com o Censo 2010, 84,4% da população vivendo em áreas urbanas e 15,6%, em zonas rurais.
O coordenador de Geografia do IBGE, Claudio Stenner, enfatiza, no entanto, que nova metodologia não vai substituir a utilizada atualmente: “O IBGE vai continuar divulgando a delimitação legal de urbano e rural. O objetivo é que no Censo 2020 se tenha mais de um tipo de classificação, oferecendo um dado melhor qualificado em termos de recortes territoriais e uma informação estatística mais aderente à realidade, para subsidiar políticas públicas e planejamento em geral”.
Ele ressalta, ainda, a importância da participação da sociedade e de outras instituições para que o estudo tenha desdobramentos concretos para o Censo 2020: “Temos que ter esse debate com a sociedade, é um tema tão relevante, tão fundamental, que não podemos lançar um documento sem promover o diálogo. A partir do ano que vem, pretendemos nos reunir com alguns ministérios para avançar e formalizar esse debate com o Estado brasileiro”, conclui.
Texto: Irene Gomes e Pedro Renaux
Disponível em: http://suburbanodigital.blogspot.com.br/2017/07/ibge-aponta-que-brasil-e-mais-rural-que-imaginado-e-propoe-nova-classificacao.html?m=1. Acesso em 31/07/2017
Densidade demográfica, localização em relação aos principais centros urbanos e tamanho da população são os critérios fundamentais da metodologia, que ainda está em debate. Assim, a partir do cruzamento dessas variáveis, os municípios se classificariam em cinco tipos: urbano, intermediário adjacente, intermediário remoto, rural adjacente e rural remoto.
Pela nova proposta, apresentada no estudo Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil: uma primeira aproximação, 76% da população brasileira se encontram em áreas predominantemente urbanas, que correspondem somente a 26% do total de municípios. Por outro lado, a maior parte dos municípios (60,4%) foram classificados como predominantemente rurais, reunindo, no entanto, apenas 17% da população.
Por esta tipologia, a região Norte destaca-se pelo elevado percentual de municípios rurais (65,0%), apesar de 66,3% de sua população viver em municípios urbanos. Já o Nordeste é a região que possui a menor porcentagem de pessoas (59,3%) em municípios urbanos, com quase 1/3 (29,5%) da população vivendo em 1.236 municípios rurais (68,9%).
O Sudeste, região mais dinâmica economicamente, mostrou as maiores porcentagens de municípios urbanos (37,5%) e população vivendo em municípios urbanos (87%). A região Sul tem as menores proporções de municípios intermediários remotos (0,02%) e rurais remotos (0,03%), o que mostra a grande proximidade física entre as sedes municipais.
O Centro-Oeste, por sua vez, se mostrou uma região de grandes contrastes, sendo, mesmo tempo, a região com a segunda maior população em municípios urbanos (79,8%) e em municípios remotos, intermediários e rurais (2,3% e 4,0%, respectivamente).
Nova classificação vai aprimorar resultados do Censo 2020
Pelos critérios atuais, o espaço urbano é determinado por lei municipal, sendo o rural definido por exclusão à área urbana. Nesta classificação, o Brasil tem, de acordo com o Censo 2010, 84,4% da população vivendo em áreas urbanas e 15,6%, em zonas rurais.
O coordenador de Geografia do IBGE, Claudio Stenner, enfatiza, no entanto, que nova metodologia não vai substituir a utilizada atualmente: “O IBGE vai continuar divulgando a delimitação legal de urbano e rural. O objetivo é que no Censo 2020 se tenha mais de um tipo de classificação, oferecendo um dado melhor qualificado em termos de recortes territoriais e uma informação estatística mais aderente à realidade, para subsidiar políticas públicas e planejamento em geral”.
Ele ressalta, ainda, a importância da participação da sociedade e de outras instituições para que o estudo tenha desdobramentos concretos para o Censo 2020: “Temos que ter esse debate com a sociedade, é um tema tão relevante, tão fundamental, que não podemos lançar um documento sem promover o diálogo. A partir do ano que vem, pretendemos nos reunir com alguns ministérios para avançar e formalizar esse debate com o Estado brasileiro”, conclui.
Texto: Irene Gomes e Pedro Renaux
Disponível em: http://suburbanodigital.blogspot.com.br/2017/07/ibge-aponta-que-brasil-e-mais-rural-que-imaginado-e-propoe-nova-classificacao.html?m=1. Acesso em 31/07/2017
O que difere agricultura familiar, orgânica e agroecológica?
A ONU declarou 2014 como o “Ano Internacional da Agricultura Familiar”. Para debater o assunto, o Canal Futura entrevistou Maria Emília Pacheco, presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Ela, que integra a FASE, apresentou visões sobre o que é agricultura familiar, produção orgânica e agroecologia.
Durante o programa, exibido na TV em agosto, Maria Emília explica que a agroecologia é uma ciência, um movimento social e também suas práticas. Ela possui dimensões tecnológicas, sociais, políticas e econômicas. Além de não usar venenos, vai além: realiza o manejo sustentável, valoriza as sementes tradicionais e cultiva alimentos em harmonia com a natureza e a cultura local.
Já sobre a produção orgânica, Maria Emília disse ser a que não faz uso de agrotóxicos, porém não necessariamente engloba a diversidade, um princípio chave da agroecologia. Por último, ela destacou que “a agricultura familiar é o sujeito dessa história”. É por meio dela que já se desenvolve a agroecologia ou se está buscando uma transição do modelo de agricultura tradicional para um alternativo.
Disponível em: https://fase.org.br/pt/informe-se/noticias/o-que-difere-agricultura-familiar-agroecologica-e-organica/. Acesso em 31/07/2017
Durante o programa, exibido na TV em agosto, Maria Emília explica que a agroecologia é uma ciência, um movimento social e também suas práticas. Ela possui dimensões tecnológicas, sociais, políticas e econômicas. Além de não usar venenos, vai além: realiza o manejo sustentável, valoriza as sementes tradicionais e cultiva alimentos em harmonia com a natureza e a cultura local.
Já sobre a produção orgânica, Maria Emília disse ser a que não faz uso de agrotóxicos, porém não necessariamente engloba a diversidade, um princípio chave da agroecologia. Por último, ela destacou que “a agricultura familiar é o sujeito dessa história”. É por meio dela que já se desenvolve a agroecologia ou se está buscando uma transição do modelo de agricultura tradicional para um alternativo.
Disponível em: https://fase.org.br/pt/informe-se/noticias/o-que-difere-agricultura-familiar-agroecologica-e-organica/. Acesso em 31/07/2017
quinta-feira, 8 de junho de 2017
segunda-feira, 24 de abril de 2017
quarta-feira, 12 de abril de 2017
sábado, 1 de abril de 2017
quinta-feira, 30 de março de 2017
terça-feira, 28 de março de 2017
segunda-feira, 27 de março de 2017
Cartografia IBGE
Introdução
O IBGE elabora cartas topográficas e mapas delas derivados - nacionais, regionais, estaduais e municipais -, que constituem as bases sobre as quais se operacionalizam esses levantamentos e são representados seus resultados, em uma abordagem homogênea e articulada do território nacional. Para tanto, vem produzindo o mapeamento topográfico do País de forma sistemática, em escalas padronizadas, de acordo com o grau de desenvolvimento instalado ou projetado no território.
Considerando-se as perspectivas de mudanças da sociedade, é necessário a articulação dos diferentes níveis governamentais, através dos órgãos que se utilizam da cartografia como ferramenta para seus projetos. Nesse sentido, o IBGE, com base na sua experiência acumulada em decorrência da sua atuação no Sistema Cartográfico Nacional, através do desenvolvimento do Plano de Dinamização da Cartografia, vem estabelecendo contatos e parcerias com órgãos federais e estaduais para identificação dos interesses mútuos e conseqüente desenvolvimento de trabalhos voltados para a geração de uma Mapoteca Topográfica Digital em nível nacional.
Nesse contexto, vê-se o IBGE como um dos mentores para a elaboração de um Plano Cartográfico Nacional que contemple as necessidades atuais do País e gestor desta mapoteca nacional, para que sejam canalizados os esforços e otimizados os recursos, de modo a integrar uma produção cartográfica organizada, consistente e ágil na veiculação e uso de informações territoriais e de gestão.
Mapeamento Topográfico
Objetivo
Congrega o conjunto de procedimentos que têm por finalidade a representação do espaço territorial brasileiro, de forma sistemática, por meio de séries de cartas gerais, contínuas, homogêneas e articuladas, elaboradas seletiva e progressivamente, em consonância com as prioridades conjunturais, nas escalas-padrão de 1:1000 000, 1:250 000, 1:100 000, 1:50 000 e 1:25 000.
Interdependência
- Interna: Cartografia; Estruturas Territoriais; Geografia; Estatísticas Populacionais, Agropecuárias, Econômicas e de Serviços; Geodésia
- Externa: Ministério do Exército-Diretoria de Serviço Geográfico; Ministério das Relações Exteriores (Comissões Demarcadoras de Limites); Outros órgãos governamentais; Empresas públicas; Empresas de aéro-levantamentos; INPE; SUDENE.
Uso da Informação
- Interna: Sistema Cartográfico Nacional; levantamentos geodésicos; composição da Mapoteca Topográfica Digital (conversão dos documentos cartográficos para meio digital); mapeamento de unidades territoriais (Estado, Município, outros); arquivo gáfico municipal (limites unidades territoriais); arquivo gráfico de Áreas Especiais (limites Áreas Especiais); estudo da divisão político-administrativa; mapeamento temático; identificação e classificação dos estados, territórios e municípios beneficiados com "royalties" de petróleo, situados na zona costeira; previsão de safras agrícolas; entre outras.
- Externa: Usuários: Ministério do Exército; Diretoria de Serviço Geográfico; Superintendências de Desenvolvimento Regionais (SUDENE, SUDAM, etc); outros órgãos governamentais; rmpresas públicas e privadas; órgãos concessionários de serviços públicos (água, energia...); instituições educacionais públicas e privadas; sociedade em geral.
Aplicabilidade
Suporte ao mapeamento temático e especial; Suporte ao mapeamento aeronáutico rodoviário e ferroviário; Suporte ao Planejamento em diversos níveis; Legislação de estruturas territoriais, regional e setorial; Base para ante-projetos de engenharia; Base para projetos ambientais; Autoproteção do País; Estudos e projetos governamentais; Projetos de desenvolvimento urbano; Cadastros e ante-projetos de linha de transmissão; Posicionamento e orientação geográfica.
Mapeamento das Unidades Territoriais
Objetivo
Representa, a partir do mapeamento topográfico, o espaço territorial brasileiro através de mapas elaborados especificamente para cada unidade territorial do país.
Produtos
Mapas do Brasil (escala geográfica - 1:2.500.000, 1:5.000.000, e 1:10.000.000); Mapas Regionais (escalas geográficas diversas); Mapas Estaduais (escalas geográficas diversas); Mapas Municipais (escalas topográficas diversas)
Interdependência
- Interna: Cartografia; Estruturas Territoriais; Geografia; Geodésia; Recursos Naturais e Estudos Ambientais; Estatísticas Populacionais, Agropecuárias, Econômicas e de Serviços.
- Externa: Ministério do Exército, Diretoria de Serviço Geográfico; órgãos estaduais e municipais de Cartografia; Institutos de Terras; SUDENE; INPE;
Uso da Informação
- Interna: base operacional para recenseamentos e pesquisas; divisões regionais do Brasil; atlas; Mapas Murais; mapeamento topográfico; mapeamento temático; avaliação da Divisão Territorial; organização e cadastramento de Estruturas Territoriais para fins específicos; planejamento e levantamento geocientífico
- Externa: Usuários: Ministério do Exército, Diretoria de Serviço Geográfico; secretarias e órgãos de Planejamento dos Estados e Municípios; secretarias e órgãos de Defesa e Segurança dos Estados e Municípios; Instituições Educacionais Públicas e Privadas; Superintendências de Desenvolvimento Regionais (SUDENE, SUDAM, etc); INPE; outros órgãos governamentais; Institutos de Pesquisas de Opinião e de Mercado; Secretarias de Saúde Pública Estaduais e Municipais; Institutos de Terras; sociedade em geral.
Aplicabilidade
Estudos e Projetos Governamentais; referenciamento e dimensionamento de obras públicas e privadas; estudos de evolução de surtos e endemias; navegação marítima e aérea; comunicações hidro-rodo-ferroviárias; autoproteção do País; defesa civil; finalidades científicas e didáticas; pesquisas de opinião e de mercado; mapeamento temático.
Mapeamento Geográfico
Objetivo
Objetiva produzir documentos cartográficos, em escalas compatíveis com os levantamentos dos aspectos físicos e culturais, quanto à ocorrência e distribuição espacial.
Produtos
Mapa índice; Revista Brasileira de Geografia; bases cartográficas em diversas escalas; planejamento cartográfico e preparo para impressão visando os seguintes produtos: mapas temáticos; mapas murais; atlas; cartas especiais.
Interdependência
- Interna:Cartografia; Geodésia; Geografia; Recursos Naturais e Estudos Ambientais; Estruturas Territoriais; Estatísticas Populacionais, Agropecuárias, Econômicas e de Serviços.
- Externa:Ministério do Exército - DSG; SUDENE; INPE; Observatório Nacional; empresas de aéro-levantamentos; órgãos governamentais.
Uso da Informação
- Interna: Subsídio aos estudos, pesquisas e divulgação dos programas e projetos institucionais sobre a forma de Mapa índice, Mapa calendário, Atlas, Diagnósticos Ambientais, Mapa Geoidal, Mapa Magnético do Brasil, mapas temáticos de Recursos Naturais e Meio Ambiente, mapeamento das Estatísticas e Indicadores Sócio - Demográficos e Econômicos.
- Externa:Usuários: órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais); instituições educacionais públicas e privadas;sociedade em geral.
Aplicabilidade
Subsidiar estudos e projetos em áreas específicas como: recursos naturais e meio ambiente, comércio e serviços, urbanização e outros; suporte didático-pedagógico.
Disponível em www.ibge.gov.br
sábado, 25 de março de 2017
quinta-feira, 23 de março de 2017
As estações do ano
Todo mundo já sabe que durante o ano ocorrem quatro estações: Primavera, verão, outono e inverno.
As estações do ano acontecem por causa da inclinação da terra em relação ao sol. O movimento do nosso planeta em torno do sol, dura um ano. Esse movimento recebe o nome de translação e a sua principal conseqüência é a mudança das estações do ano.
Se a Terra não se inclinasse em seu eixo, não existiriam as estações. Cada dia teria 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. E como o eixo do planeta terra forma um ângulo com seu plano orbital, existe o verão e o inverno, dias longos e dias curtos. Durante o Verão, os dias amanhecem mais cedo e as noites chegam mais tarde. Ao longo dos três meses desta estação, o sol se volta, lentamente para a direção norte e os raios solares diminuem sua inclinação. No início do Outono, os dias e as noites têm a mesma duração: 12 horas. Isso é porque a posição do sol está exatamente na linha do Equador.
Porém, o sol, vai continuar se distanciando aparentemente para norte. A partir daí, os raios solares atingem o mínimo de inclinação no início do Inverno, e, ao contrário do Verão, os dias serão mais curtos e as noites mais longas.
Então, o Sol vai começar a se deslocar na direção sul. Começando então a Primavera e os dias e as noites terão a mesma duração.
Portanto, as estações do ano e a inclinação dos raios solares variam com a mudança da posição da Terra em relação ao Sol. Quando o Pólo Norte se inclina em direção ao Sol, o hemisfério Norte se aquece ao calor do verão. Seis meses mais tarde, a Terra percorreu metade de sua órbita. Agora o Pólo Sul fica em ângulo na posição do Sol. É verão na Austrália e faz frio na América do Norte.
As quatro estações
Outono : De 21 de março a 21 de junho
Do latim: autumno. Também conhecido como o tempo da colheita, pois é nesta época que ocorrem as grandes colheitas. Os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já estão bem maduras e começam a cair no chão. Os jardins e parques ficam, coberto de folhas de todos os tamanhos e cores.
Isto por que os países lá do hemisfério norte precisam se preparar para o inverno que está chegando. É necessário armazenar bastante comida para nada possa faltar!
Inverno: De 21 de junho a 23 de setembro
Do latim: hibernu, tempus hibernus, tempo hibernal. Associado ao ciclo biológico de alguns animais ao entrar em hibernação e se recolherem durante o período de frio intenso. Estação que sucede o Outono e antecede a Primavera.
O inverno é a estação mais fria do ano. Os dias são curtos e por isso escurece mais cedo.
No sul do Brasil é comum ver a neve cair, cobrindo o chão e as plantas. Já nas outras regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, é a chuva quem dá o ar da sua graça.
Como a temperatura cai nessa fase, as pessoas tendem a passar mais tempo dentro de casa, principalmente debaixo das cobertas!
Primavera: De 23 de setembro a 21 de dezembro.
Do latim: primo vere, no começo do verão.
Ah, essa é a estação mais florida do ano! Representa a época primeira, a estação que antecede o Verão.
Com o fim do inverno, os voltam a ser mais longos e quentes. Este é o período em que os animais se reproduzem e constroem seus ninhos. Os insetos como as borboletas e abelhas, voam de flor em flor em busca néctar que as flores possuem.
A temperatura não é tão baixa e nem tão alta fazendo da primavera uma época muito agradável.
Verão: De 21 de dezembro a 21 de março.
Do latim vulgar: veranum, veranuns tempus, tempo primaveril ou primaveral.
Chegou o Verão, a estação mais quente do ano. Muito calor e dias bem longos. As temperaturas estão lá em cima. Relativo a primavera. Estação que sucede a Primavera e antecede o Outono.
As árvores estão verdes e carregadas de frutas. Neste período a Terra recebe mais chuva por causa da vaporização das águas. O céu fica, ás vezes, fica nublado com pesadas nuvens que são o acúmulo de águas dos rios e dos mares transportadas para a atmosfera em forma de vapor.
O verão é uma estação muito gostosa, com a chegada das férias e um clima de alegria no ar.
Bibliografia:
BRANCO, S. M.;Um passeio pelas estações do ano. Editora Moderna. 48p.
http://www.smartkids.com.br/pergunte/estacoes/
http://planeta.terra.com.br/arte/observatoriophoenix/k_ensaios/24_k04.htm
http://astro.if.ufrgs.br/tempo/mas.htm
http://www.techs.com.br/meimei/historias/historia55.htm
Disponível em http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/estacoes-ano.htm
As estações do ano acontecem por causa da inclinação da terra em relação ao sol. O movimento do nosso planeta em torno do sol, dura um ano. Esse movimento recebe o nome de translação e a sua principal conseqüência é a mudança das estações do ano.
Se a Terra não se inclinasse em seu eixo, não existiriam as estações. Cada dia teria 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. E como o eixo do planeta terra forma um ângulo com seu plano orbital, existe o verão e o inverno, dias longos e dias curtos. Durante o Verão, os dias amanhecem mais cedo e as noites chegam mais tarde. Ao longo dos três meses desta estação, o sol se volta, lentamente para a direção norte e os raios solares diminuem sua inclinação. No início do Outono, os dias e as noites têm a mesma duração: 12 horas. Isso é porque a posição do sol está exatamente na linha do Equador.
Porém, o sol, vai continuar se distanciando aparentemente para norte. A partir daí, os raios solares atingem o mínimo de inclinação no início do Inverno, e, ao contrário do Verão, os dias serão mais curtos e as noites mais longas.
Então, o Sol vai começar a se deslocar na direção sul. Começando então a Primavera e os dias e as noites terão a mesma duração.
Portanto, as estações do ano e a inclinação dos raios solares variam com a mudança da posição da Terra em relação ao Sol. Quando o Pólo Norte se inclina em direção ao Sol, o hemisfério Norte se aquece ao calor do verão. Seis meses mais tarde, a Terra percorreu metade de sua órbita. Agora o Pólo Sul fica em ângulo na posição do Sol. É verão na Austrália e faz frio na América do Norte.
As quatro estações
Outono : De 21 de março a 21 de junho
Do latim: autumno. Também conhecido como o tempo da colheita, pois é nesta época que ocorrem as grandes colheitas. Os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já estão bem maduras e começam a cair no chão. Os jardins e parques ficam, coberto de folhas de todos os tamanhos e cores.
Isto por que os países lá do hemisfério norte precisam se preparar para o inverno que está chegando. É necessário armazenar bastante comida para nada possa faltar!
Inverno: De 21 de junho a 23 de setembro
Do latim: hibernu, tempus hibernus, tempo hibernal. Associado ao ciclo biológico de alguns animais ao entrar em hibernação e se recolherem durante o período de frio intenso. Estação que sucede o Outono e antecede a Primavera.
O inverno é a estação mais fria do ano. Os dias são curtos e por isso escurece mais cedo.
No sul do Brasil é comum ver a neve cair, cobrindo o chão e as plantas. Já nas outras regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, é a chuva quem dá o ar da sua graça.
Como a temperatura cai nessa fase, as pessoas tendem a passar mais tempo dentro de casa, principalmente debaixo das cobertas!
Primavera: De 23 de setembro a 21 de dezembro.
Do latim: primo vere, no começo do verão.
Ah, essa é a estação mais florida do ano! Representa a época primeira, a estação que antecede o Verão.
Com o fim do inverno, os voltam a ser mais longos e quentes. Este é o período em que os animais se reproduzem e constroem seus ninhos. Os insetos como as borboletas e abelhas, voam de flor em flor em busca néctar que as flores possuem.
A temperatura não é tão baixa e nem tão alta fazendo da primavera uma época muito agradável.
Verão: De 21 de dezembro a 21 de março.
Do latim vulgar: veranum, veranuns tempus, tempo primaveril ou primaveral.
Chegou o Verão, a estação mais quente do ano. Muito calor e dias bem longos. As temperaturas estão lá em cima. Relativo a primavera. Estação que sucede a Primavera e antecede o Outono.
As árvores estão verdes e carregadas de frutas. Neste período a Terra recebe mais chuva por causa da vaporização das águas. O céu fica, ás vezes, fica nublado com pesadas nuvens que são o acúmulo de águas dos rios e dos mares transportadas para a atmosfera em forma de vapor.
O verão é uma estação muito gostosa, com a chegada das férias e um clima de alegria no ar.
Bibliografia:
BRANCO, S. M.;Um passeio pelas estações do ano. Editora Moderna. 48p.
http://www.smartkids.com.br/pergunte/estacoes/
http://planeta.terra.com.br/arte/observatoriophoenix/k_ensaios/24_k04.htm
http://astro.if.ufrgs.br/tempo/mas.htm
http://www.techs.com.br/meimei/historias/historia55.htm
Disponível em http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/estacoes-ano.htm
quarta-feira, 22 de março de 2017
FUSOS HORÁRIOS
Nosso planeta gira em torno do seu eixo imaginário ao executar o movimento de rotação, que leva quase 24 horas (mais precisamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para ser concluído e reiniciar. Portanto, é esse movimento da Terra que determina o passar das horas e a sucessão dos dias e das noites, fazendo com que, em um mesmo momento, diferentes pontos longitudinais da superfície terrestre tenham horários diversos.
A relação entre a rotação e o quanto a Terra gira por hora pode ser calculada de modo muito simples. Sabendo-se que o planeta possui formato esférico e que a medida de uma circunferência em graus é de 360°, podemos dividir esse valor pelo número 24 (referente às horas de uma volta completa) para perceber que em cada hora que passa, o planeta gira sempre 15°. Foi essa constatação que fez com que os astrônomos dividissem a Terra em 24 partes iguais, de norte a sul, criando os fusos horários.
Em 1884, ocorreu a Conferência Internacional do Meridiano, em Washington (EUA). Nessa ocasião, representantes de 25 países definiram que as regiões situadas num mesmo fuso adotariam o mesmo horário e que o meridiano de Greenwich (Inglaterra) seria a linha de referência para definir as longitudes e acertar os relógios em todo o planeta. Deste modo, estabeleceu-se que o fuso referencial é o que se estende de 7°30’ para leste e 7°30’ para oeste de Greenwich (0°). A hora que o fuso referencial determina recebe o nome de GMT (Greenwich Meridian Time) e, assim como nele, todos os fusos possuem um meridiano no centro. Além da referência para a mudança das horas, também foi necessário definir a mudança da data no mundo e, estabeleceu-se que o meridiano de 180° – ou antimeridiano, por ser oposto a Greenwich – seria a Linha Internacional de Mudança de Data (LID).
Entre cada fuso horário existe uma hora de diferença, e como a Terra gira de oeste para leste, deve-se somar horas se for para leste e subtraí-las se for para oeste. Deste modo, os dois fusos imediatamente seguintes ao de Greenwich se estendem até 22°30’ para leste (com uma hora a mais) e 22°30’ para oeste (com uma hora a menos), e assim também ocorre com os demais fusos que, sucessivamente, a cada 15° para leste terão uma hora adiantada e a cada 15° para oeste terão uma hora atrasada. Essas delimitações correspondem aos limites teóricos dos 24 fusos do planeta. Porém, para determinar o horário em cada localidade, não se pode ignorar os recortes territoriais dos diferentes países e suas unidades político-administrativas internas, como estados e municípios. Em decorrência disso, foram criados os limites práticos, garantindo que determinados territórios possam manter internamente um mesmo fuso, mesmo que extrapolem espacialmente os limites teóricos, o que faz com que os fusos não sejam faixas retas e contínuas ligando um polo ao outro.
A definição dos fusos horários nos diferentes territórios é uma questão política. Até 1913, o Brasil possuía um único fuso horário, até que a sanção da Lei 2.784 dividiu o território nacional em quatro fusos. Em 2008, uma lei federal reduziu o número de fusos horários para três. Porém, em 2010 houve um referendo e a população do Acre optou pelo retorno do antigo horário. Em 2013, o Senado Federal restabeleceu o horário no Acre e em parte do Amazonas para -5 horas em relação a Greenwich. Deste modo, devido à grande extensão longitudinal do território brasileiro e à existência de ilhas oceânicas, nosso país mantém atualmente uma configuração específica com quatro fusos diferentes, sendo que apenas o estado do Amazonas apresenta mais de um.
Fontes:
ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 2006.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2010.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil – ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005.
Disponível em www.infoescola.com
A relação entre a rotação e o quanto a Terra gira por hora pode ser calculada de modo muito simples. Sabendo-se que o planeta possui formato esférico e que a medida de uma circunferência em graus é de 360°, podemos dividir esse valor pelo número 24 (referente às horas de uma volta completa) para perceber que em cada hora que passa, o planeta gira sempre 15°. Foi essa constatação que fez com que os astrônomos dividissem a Terra em 24 partes iguais, de norte a sul, criando os fusos horários.
Em 1884, ocorreu a Conferência Internacional do Meridiano, em Washington (EUA). Nessa ocasião, representantes de 25 países definiram que as regiões situadas num mesmo fuso adotariam o mesmo horário e que o meridiano de Greenwich (Inglaterra) seria a linha de referência para definir as longitudes e acertar os relógios em todo o planeta. Deste modo, estabeleceu-se que o fuso referencial é o que se estende de 7°30’ para leste e 7°30’ para oeste de Greenwich (0°). A hora que o fuso referencial determina recebe o nome de GMT (Greenwich Meridian Time) e, assim como nele, todos os fusos possuem um meridiano no centro. Além da referência para a mudança das horas, também foi necessário definir a mudança da data no mundo e, estabeleceu-se que o meridiano de 180° – ou antimeridiano, por ser oposto a Greenwich – seria a Linha Internacional de Mudança de Data (LID).
Entre cada fuso horário existe uma hora de diferença, e como a Terra gira de oeste para leste, deve-se somar horas se for para leste e subtraí-las se for para oeste. Deste modo, os dois fusos imediatamente seguintes ao de Greenwich se estendem até 22°30’ para leste (com uma hora a mais) e 22°30’ para oeste (com uma hora a menos), e assim também ocorre com os demais fusos que, sucessivamente, a cada 15° para leste terão uma hora adiantada e a cada 15° para oeste terão uma hora atrasada. Essas delimitações correspondem aos limites teóricos dos 24 fusos do planeta. Porém, para determinar o horário em cada localidade, não se pode ignorar os recortes territoriais dos diferentes países e suas unidades político-administrativas internas, como estados e municípios. Em decorrência disso, foram criados os limites práticos, garantindo que determinados territórios possam manter internamente um mesmo fuso, mesmo que extrapolem espacialmente os limites teóricos, o que faz com que os fusos não sejam faixas retas e contínuas ligando um polo ao outro.
A definição dos fusos horários nos diferentes territórios é uma questão política. Até 1913, o Brasil possuía um único fuso horário, até que a sanção da Lei 2.784 dividiu o território nacional em quatro fusos. Em 2008, uma lei federal reduziu o número de fusos horários para três. Porém, em 2010 houve um referendo e a população do Acre optou pelo retorno do antigo horário. Em 2013, o Senado Federal restabeleceu o horário no Acre e em parte do Amazonas para -5 horas em relação a Greenwich. Deste modo, devido à grande extensão longitudinal do território brasileiro e à existência de ilhas oceânicas, nosso país mantém atualmente uma configuração específica com quatro fusos diferentes, sendo que apenas o estado do Amazonas apresenta mais de um.
Fontes:
ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 2006.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2010.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil – ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005.
Disponível em www.infoescola.com
A evolução do Pensamento Geográfico
A História do Pensamento Geográfico é um ramo da disciplina geográfica em que se estuda os postulados, pensamentos e correntes dos autores que contribuíram para a sistematização da geografia como disciplina acadêmica no Século XIX.
A Geografia teve seu início na Grécia Antiga e era chamada de História Natural ou Filosofia Natural. O ocidente era dominado por gregos interessados em descobrir novos territórios, por isso a necessidade do conhecimento do ambiente físico e até de fenômenos da natureza se fazia necessário.
Pai da Geografia, em sua especulação sobre o formato da Terra, acabou escrevendo um obra de 17 volumes, ‘Geographicae’. Nessa obra, Strabo descrevia suas próprias experiências no mundo e, apesar de muitos equívocos registrados em seus estudos, ele se tornou o pai da geografia.
Os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes e isso resultou em muitos trabalhos traduzidos do grego para o árabe. Esse povo acabou recuperando e aprofundando o estudo da geografia e, já no século XII, Al-Idrisi apresentaria um sofisticado sistema de classificação climática.
Em viagens à África e à Ásia, outro explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência concreta de que, ao contrário do que afirmara Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram perfeitamente habitáveis.
A confirmação do formato global da Terra veio quinze anos mais tarde, em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando Magalhães, permitindo mais precisão das medidas e observações.
No século XIX, cientistas como Alexander Von Humboldt (1769-1859), Karl Ritter (1779-1859) e Friedrich Ratzel (1844-1904) elaboraram trabalhos sobre os princípios metodológicos da Geografia. Isso a tornou uma ciência explicativa e não mais apenas reduzida à tarefa da descrição.
Ratzel, no final do século XIX, considerou a influência exercida pelas condições naturais na vida do ser humano como objeto de estudo da Geografia. A partir daí, originou-se o ‘determinismo geográfico’ que foi influenciado pelas teorias de Lamarck e de Darwin.
Através de sua obra ‘Antropogeografia’, Ratzel defende que as leis regedoras da história humana são as mesmas que regem as espécies vegetais e animais. Conforme esse autor, o homem é produto do meio geográfico em que vive e o meio natural exerce uma ação dominadora sobre o homem, o qual deve se submeter àquele meio.
Indiretamente, o pensamento determinista geográfico acabou responsável por partes das teorias de superioridade racial surgidas nos séculos XIX e XX e, também, serviu de base para a expansão do capitalismo neocolonial nos séculos XVIII e XIX.
No século XX, a geografia passou a lidar com novos conceitos e métodos. No começo, a geomorfologia foi o campo geográfico de maior atração, onde predominavam as teorias do americano William Morris Davis – que desenvolveu o conceito de ciclo de erosão e constituiu uma nova geração de profissionais da geografia.
O advento da fotografia aérea demonstrou ser um útil instrumento de trabalho, mas ainda mais eficiente foi a tecnologia advinda do sensoriamento remoto, que resultou em novas formas de análises.
Podemos citar entre essas, a geografia da percepção, que admite que qualquer indivíduo tenha sua própria visão sobre o meio em que vive e é mensurada através de mudanças na economia, na sociedade, cultura e nas pessoas; a geografia radical, que tem foco na observação analítica dos processos ocorridos na sociedade como a desigualdade, o subdesenvolvimento e a pobreza; e a geografia de gênero, que foi criada na década de 80 no Reino Unido e nos Estados Unidos e tem uma pequena ligação com o movimento feminista, analisando as relações entre homens e mulheres em cada área geográfica e a função da mulher na sociedade.
As metodologias de trabalho da Geografia tiveram evolução rápida nas recentes décadas graças aos avanços da computação e ao uso de sistemas de análise remota da superfície da Terra.
Fonte:http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=8966
A Geografia teve seu início na Grécia Antiga e era chamada de História Natural ou Filosofia Natural. O ocidente era dominado por gregos interessados em descobrir novos territórios, por isso a necessidade do conhecimento do ambiente físico e até de fenômenos da natureza se fazia necessário.
Pai da Geografia, em sua especulação sobre o formato da Terra, acabou escrevendo um obra de 17 volumes, ‘Geographicae’. Nessa obra, Strabo descrevia suas próprias experiências no mundo e, apesar de muitos equívocos registrados em seus estudos, ele se tornou o pai da geografia.
Os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes e isso resultou em muitos trabalhos traduzidos do grego para o árabe. Esse povo acabou recuperando e aprofundando o estudo da geografia e, já no século XII, Al-Idrisi apresentaria um sofisticado sistema de classificação climática.
Em viagens à África e à Ásia, outro explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência concreta de que, ao contrário do que afirmara Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram perfeitamente habitáveis.
A confirmação do formato global da Terra veio quinze anos mais tarde, em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando Magalhães, permitindo mais precisão das medidas e observações.
No século XIX, cientistas como Alexander Von Humboldt (1769-1859), Karl Ritter (1779-1859) e Friedrich Ratzel (1844-1904) elaboraram trabalhos sobre os princípios metodológicos da Geografia. Isso a tornou uma ciência explicativa e não mais apenas reduzida à tarefa da descrição.
Ratzel, no final do século XIX, considerou a influência exercida pelas condições naturais na vida do ser humano como objeto de estudo da Geografia. A partir daí, originou-se o ‘determinismo geográfico’ que foi influenciado pelas teorias de Lamarck e de Darwin.
Através de sua obra ‘Antropogeografia’, Ratzel defende que as leis regedoras da história humana são as mesmas que regem as espécies vegetais e animais. Conforme esse autor, o homem é produto do meio geográfico em que vive e o meio natural exerce uma ação dominadora sobre o homem, o qual deve se submeter àquele meio.
Indiretamente, o pensamento determinista geográfico acabou responsável por partes das teorias de superioridade racial surgidas nos séculos XIX e XX e, também, serviu de base para a expansão do capitalismo neocolonial nos séculos XVIII e XIX.
No século XX, a geografia passou a lidar com novos conceitos e métodos. No começo, a geomorfologia foi o campo geográfico de maior atração, onde predominavam as teorias do americano William Morris Davis – que desenvolveu o conceito de ciclo de erosão e constituiu uma nova geração de profissionais da geografia.
O advento da fotografia aérea demonstrou ser um útil instrumento de trabalho, mas ainda mais eficiente foi a tecnologia advinda do sensoriamento remoto, que resultou em novas formas de análises.
Podemos citar entre essas, a geografia da percepção, que admite que qualquer indivíduo tenha sua própria visão sobre o meio em que vive e é mensurada através de mudanças na economia, na sociedade, cultura e nas pessoas; a geografia radical, que tem foco na observação analítica dos processos ocorridos na sociedade como a desigualdade, o subdesenvolvimento e a pobreza; e a geografia de gênero, que foi criada na década de 80 no Reino Unido e nos Estados Unidos e tem uma pequena ligação com o movimento feminista, analisando as relações entre homens e mulheres em cada área geográfica e a função da mulher na sociedade.
As metodologias de trabalho da Geografia tiveram evolução rápida nas recentes décadas graças aos avanços da computação e ao uso de sistemas de análise remota da superfície da Terra.
Fonte:http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=8966
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
domingo, 12 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
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